
Os números estão disponíveis e para quem tem interesse, faça uma busca para conhecê-los.
Porque, para falar da Petrobrás, a questão dos números serve para quantificar o tamanho dos interesses envolvidos, mas não basta para entender a trama diabólica sobre esse patrimônio nacional.
Basta começar dizendo que antes dos números, antes do pré-sal, todos os analistas da mídia PIG que agora fazem fila para críticas, incluindo os supostos investidores, políticos e empresários, todos, jamais acreditaram no potencial do pré-sal, jamais aceitaram os investimentos na estatal, jamais desejaram o seu sucesso.
Agora que temos o pré-sal, querem para si todo o lucro, querem para si todos os recursos que a empresa necessita para continuar prospectando e descobrindo novas frentes de reservas e querem tudo isso, sem pagar impostos.
Seria uma afronta lesa-pátria continuada, não fosse o atual governo retornar aos rumos da empresa nesse momento.
E o faz com olhos no futuro, da empresa e no nosso, porque se resguarda financeiramente para investir na frente Equatorial – que promete muito sucesso – e na nova política nacional e mundial de transição energética. Os atuais recursos do petróleo são os únicos capazes de promover a transição energética no montante e na urgência necessária.
Os críticos e os ávidos de assambarcar todos os lucros são os mesmos que nunca acreditaram no sucesso da empresa, e não estamos falando de décadas atrás, estão todos aí ativos, nos mesmos jornais e TVs, e falando as mesmas coisas com aparência distinta, mas o mesmo conteúdo equivocado, falso e mentiroso. Os investidores, que ganharam 80% de valor nos papéis da empresa em 2023 e queriam continuar recebendo o maná dos céus indefinidamente sem pagar impostos, vão reclamar das suas apostas e voltar daqui a algumas semanas. O anúncio da frente equatorial promete chacoalhar o mercado e eles voltam correndo.
Agora temos uma nova frente de batalha na Vale, que precisa se readequar às novas necessidades do Brasil e às prioridades do atual governo. Não pode mais ficar escavando morros e só exportando o minério, deixando buracos e riscos ambientais e humanos para trás. A Vale precisa se readequar e investir no Brasil na proporção dos problemas que causa, utilizando para isso os enormes lucros que distribui sem considerar as necessidades abandonadas. Aí também uma rigorosa interferência é urgente, já está se tentando na atual disputa pelo comando da empresa e assim que a nova diretoria for empossada, vai se somar à Petrobras no desenvolvimento da nova matriz tecnológica e na prioritária preservação ambiental.
É isso. Não são só números.