Juntos e misturados.

Agora o mote é dizer que o Bolsonarismo tem um projeto de governo evangélico, quando há pouco tempo era militar.

Existem dúvidas de quem era o projeto anterior, e de quem seria o atual.

Dos militares diziam que lideravam o projeto autoritário vencedor em 2018; o pobre Bolsonaro era apenas o cavalo incorporado, o espantalho.

Agora a iniciativa seria dos pastores evangélicos, com o pobrezinho do Bolsonaro um instrumento de acesso às massas.

Deveria ocorrer a alguns que o projeto autoritário brasileiro, que tem muitas caras, hoje é liderado pelo Bolsonarismo. O próprio é de fato um arremedo de político, um idiota, e seu desprezo por ideais e propósitos serve também a sua maneira de compreender o mundo da política : cada um por si e eu acima de todos .

É curioso observar que para um programa de partido político conservador ou reacionário, não importa o conteúdo em sí, mas contra o que e contra quem é dirigido. O modelo nunca é de construção mas desconstrução, nunca incluir mas excluir, nunca partilhar mas acumular: o máximo e o mais rápido possível, não importando os meios.

É o saque institucional das riquezas, que para eles pertencem aos mais fortes e capazes: eles mesmos .

E para isso não é necessária muita conversa, basta disposição e um grupo igualmente motivado.

Então, nem militares e evangélicos pentecostais de maneira isolada, mas elementos desses sentimentos conservadores  e a presença do líder carismático sem nenhum caráter ou pudor para aproveitar a onda. Assim se faz o desastre.

Enfrentar tamanhas forças exige disposição igual e contrária, essa sim construída com planejamento e criatividade. Destruir é muito, muito mais fácil que construir.

Remar rio acima, sempre, eis o desafio .


Deixe um comentário