O Brasil está na presidência rotativa do G20 desde 1º de dezembro de 2023 e permanecerá nessa posição até 30 de novembro de 2024. Está previsto que durante este período ocorram cerca de 130 reuniões, realizadas em 15 cidades do país. A mais importante será a Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do G20, marcada para 18 e 19 de novembro deste ano, no Rio de Janeiro.

Hoje começam as reuniões dos 20 principais chanceleres do mundo, como parte dos encontros preparatórios para as reuniões de seus respectivos presidentes em novembro. Uma novidade que a imprensa prefere esconder, para discutir as questões do primeiro-ministro israelense, Bibi, e atacar nosso governo, é que a pauta é do país que preside o G20 atualmente: o Brasil.

Dois assuntos que serão tratados são o combate à fome e as mudanças na governança mundial, incluindo a ONU e seu anacrônico grupo de 5 países com poder de veto. O embaixador dos EUA já está no Brasil e terá um encontro com nosso presidente antes das reuniões do grupo, vindo para discutir a Palestina e solicitar acesso ao diálogo com a Venezuela através do Brasil.

Essa é uma reunião de extrema importância que não mobiliza o interesse nem do senado, onde os assuntos de relações internacionais deveriam ser discutidos. Pacheco, o presidente do senado, ocupou ontem a pauta para exigir que Lula se desculpasse com Israel, sendo prontamente rebatido pelo senador Aziz, que é filho de palestinos. Sobre o G20, nem uma palavra.

Tampouco a imprensa tem interesse no que é importante e relevante para nosso desenvolvimento, como uma discussão sobre a governança mundial e a reforma da ONU. Isso não atrai atenção, sendo silenciado e boicotado, deixando nosso povo desinformado e ignorante sobre as principais lutas e transformações do mundo.

Sempre foi assim, continua sendo assim, e agora contamos com uma imprensa alternativa capaz o suficiente de suprir a ausência de um jornalismo decente em nosso Brasil. Ainda bem, desde que aproveitado.