….ele atirou, eu atirei, e nós trocamos tantos tiros, que até hoje ninguém sabe quem morreu. Eu garanto que foi ele, ele garante que fui eu. (Moreira da Silva)

No último post eu comentei sobre a ausência dos militares nos últimos dias. Considerando que eles matracaram diariamente nos últimos anos, surpreende o silêncio .

Nem os de pijamas, aboletados no Clube Militar, estão animados em debater a atual conjujtura. E mesmo depois de tantas dias de fogo serrado sobre os golpistas , só saiu uma notinha pedindo pra gente preservar os notáveis generais .

Bom, os notáveis a gente preserva. Os golpistas vamos mandar para as cadeias .

O senador Mourão, que não sei se é, mas gostaria de ser  porta voz das tropas ,  ameaçou um chamamento geral revoltoso, e no dia seguinte recuou. O general Braga Neto candidato derrotado a vice na chapa dos fascistas, também apareceu querendo ameaçar, mas ninguém deu bola.

Claro que todo cuidado é pouco com essas gente desregrada, ignorante e perigosa, e que se tem em alta conta. Mas dessa vez parece que a coisa não vai ficar só nos bagrinhos. Se eles estão mais assopra do que morde, por enquanto, certamente tentarão mostrar os dentes breve. Problema, penso, é que veremos as banguelas, confirmando nossa piores opiniões sobre esses desocupados. Nem todos, vá la, mas a minoria barulhenta, quem sabe. O que nos permite exigir da maioria silenciosa entre eles, se é isso, que preservem o que ainda sobrou do prestígio das forças.

Ilustra o Post uma foto histórica , do General ditador Figueredo tentando cumprimentar uma criança. O neto do ditador está entre os investigados da trama golpista, mostrando que seguiu os passos tortos do avô .