
Jamais poderia imaginar que um projeto fascista e excludente pudesse ultrapassar 15% do eleitorado. Minha expectativa sempre foi de 10%; os outros 5% foram dados de bandeja.
Chegar ao primeiro turno parecia demais para mim; vencer no segundo, impensável. Convivi com o pensamento conservador a minha vida inteira, racista, excludente e elitista. Mas o fascismo era algo diferente.
Aqueles que vieram antes de mim conheciam; a derrota na Segunda Guerra Mundial deixou a turma sem base, envergonhada, derrotada. Reavivar o ódio ao outro estava adormecido.
Não é que os sinais estivessem ocultos, inexistentes; na verdade, estavam à mostra, faltou acreditar. Ou melhor, dimensionar.
O uso do pensamento retrógrado e insensato de nossa sociedade a favor de um projeto de morte não é mais uma novidade. Qualquer pesquisa ainda mostra 40% das pessoas fazendo esse tipo de escolha. E agora, conscientemente.
É a pulsão da morte, do fim, do inevitável. Somam-se frustrados e espertos, manipuladores e contadores, dinheiro e interesses. E a má formação, a má informação, a incapacidade de interpretar e entender um texto. Ganha a imagem, a emoção, a impressão disso ou daquilo. Ganha a parcialidade interessada, melhor, não ganha, mas empata.
O vídeo da reunião do golpe que vazou, de quase duas horas do ex-presidente e seus ministros, jurídico, militar e assessores, todo o grupo responsável pela condução do país reunidos. Para nada! Horas e horas de mentiras, manipulação, delírios, conspiração, ofensas. Nenhum assunto ou interesse público considerado ou apreciado. Nada presta ali, nem as palavras e nem as pessoas que as proferiram. E nem os que ficaram em silêncio.
Se agora estão nas cadeias, nos processos, nos inquéritos, nos indiciamentos, na polícia, na justiça, e alguns de forma inédita como militares conspiradores, foi porque mereceram. Foi porque a maioria ainda existe e conseguiu reagir à avalanche de morte e destruição.
Agora vão enfrentar anos de novo silêncio, de sombras, espreitas e mais conspirações. São animais peçonhentos e infelizes, perigosos.
Não podemos deixar pra lá, deixar passar, ficar por isso mesmo. Tudo está em jogo, todas as vidas e futuros, inclusive dessas pessoas infelizes.
O caminho atual está correto, a punição será dura e fará diferença. Todos precisamos estar conscientes e unidos quanto aos desafios. Eles sempre vão tentar; nós devemos sempre resistir. Mas não agora; agora é exercer o poder de forma rigorosa, objetiva, consciente, e passar a régua nesses criminosos.
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