Roteiro do caos.

O fracasso da aprovação do plano motoserra e seus 700 artigos, a lei Omnibus, desidratada no início das discussões para pouco mais de 220, a lei táxi, e nem assim convenceu os deputados e voltou para a análise individualizada nas comissões .

Um feito inédito, de uma lei aprovada que volta para as comissões como nada tivesse acontecido. Coisas do regimento deles, nunca visto.

Agora o próprio tresloucado portenho informa que não vai reapresentar a lei para apreciação no congresso, deixando em aberto o futuro de seus planos e o próprio.

Enquanto essa demonstração de incúria e despreparo para a função presidencial abunda, seus decretos de urgência anteriores e igualmente deletérios, de desregulamentação e liberação de preços e da economia em geral, continuam valendo. A inflação de janeiro bateu em 21%, e a previsão de fevereiro é repetir o número. No desgoverno Milei, somados 3 meses, estamos com quase 70% de inflação. Talvez a intenção seja também por aí, fazer o ajuste fiscal na base da desvalorização de seus títulos. Mas isso vale para os atuais detentores do papel, os futuros vão correr do investimento e poupança deixando o governo sem giro interno de sua dívida. Só ontem caíram 7% o valor dos títulos.

De Roma onde pretende encontrar com o Papa, Milei ameaçou com plebiscito; somado à sua fala de não tentar novamente a aprovação da Lei Omnibus, parece ser mesmo sua decisão futura.

E se no plebiscito fracassa? Vai fazer plebiscito com consulta para 600 artigos de uma nova lei? 500? 200? Qualquer hipótese é uma loucura completa.

Argentina fica sem rumo, se é que tinha algum.

PS. Chega a informação que os Senadores da oposição animados com a derrota do governa na Câmara, vão tentar derrubar os decretos de urgência. Seria o tiro de misericórdia.


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