Retórica vazia.

Arthur Lira repete seu discurso de posse no primeiro mandato, depois o da abertura do ano na Câmara de anos atrás, após sua reeleição para a presidência da Câmara, e agora ao abrir o ano de 2024. Ele continua repetindo.

Enquanto isso, o governo vai impondo suas demandas, muitas vezes sem negociação, simplesmente atropelando. A crise parlamentar não existe, e muito menos o regime semiparlamentarista. Não é por falta de vontade de Lira e seus comparsas, é claro. No desgoverno anterior, eles faziam o que queriam, e grande parte de sua atual proeminência está relacionada a essa distribuição de dinheiro sem prestação de contas. Compraram influência e votos com uma quantidade imensa de dinheiro.

E isso ainda não acabou, verdade seja dita. No entanto, não mais na direção sem rumo ou objetivos da bagunça que promoviam em conjunto com o desgoverno do tresloucado fascista. Sua agenda perdeu, não por muito, e há uma enorme bancada de pessoas insensatas lá para fazer o que puderem. Mas, outra verdade é que estão à venda. São caros, mas estão à venda, e o governo vai levando como pode, enquanto impõe inteiramente a pauta nacional.

Lira repetiu as ameaças, intercaladas com acenos para um lado e, às vezes, para o outro. Também está jogando para manter coesa a tropa e tentar assegurar seu sucessor no final do ano.

Seu bloco sofreu uma diminuição, com a saída dos deputados do PSB, cuja presença nunca entendi o motivo. Não é nada, um pedaço do poder de Lira vai embora, e até o final do ano, tudo vai embora. Você se lembra do que os últimos presidentes da Câmara andam fazendo atualmente? Nem eu. É por aí.


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