Os pilantras

O desenho que ilustra o post dispensaria comentários, não fosse a pergunta: e por que dá voto?

Meu pai, nascido nos anos 30 do século passado, costumava observar as pessoas nas ruas e compará-las com as de sua época. A grande diferença, ele dizia, era a atual ausência de pessoas com sequelas da poliomielite. Na época dele, não importando a classe social, era comum encontrar pessoas que haviam contraído a doença e ficaram com dificuldades de locomoção. Basta lembrar que o ex-presidente Roosevelt, um dos ícones dos EUA, foi acometido pela doença, que o levou à morte na idade adulta e durante sua presidência. A vacina Sabin erradicou a doença.

Os dois atuais governadores de Santa Catarina e Minas, pescadores das águas turvas do bolsonarismo sem dono, retornam com a cantinela, dispensando a obrigatoriedade de vacinação em crianças para frequentarem as aulas. A carteira de vacinação é um requisito para matrícula, como sabemos. No caso de Minas, fiel ao seu estilo melífluo, Zema, na live onde divulga sua decisão de dispensar a obrigatoriedade, não deixa claro se está falando apenas da vacinação contra a COVID ou de todas as demais vacinas obrigatórias. Bem ao seu estilo, ele confunde sem explicar.

Esse tipo de atitude, implícita ou explícita, deveria ser suficiente para uma ação contundente do Ministério Público no sentido de preservar a sociedade, que teoricamente é a principal tarefa dos MPs estaduais. Até agora, nada foi feito. Talvez estejam ocupados negociando a fundação de alguma organização para gerir recursos bilionários de acordos de leniência, certamente em conjunto com alguma ONG estrangeira.

Mãos à obra, minha gente. Isso aí é um crime hediondo.


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