
Hoje será o segundo dia de debates na Câmara de Deputados da Argentina. Talvez ainda não consigam votar, pois a previsão inicial de 50 horas de discussão do pacote Milei, se confirmada, irá avançar para um terceiro dia antes da conclusão.
A oposição insiste em destacar o absurdo de votar uma autorização para privatizar sem que ninguém saiba ou tenha sido informado sobre quais empresas serão vendidas. A petroleira estatal foi retirada da lista, que, a rigor, nem existe.
O ponto central dos debates é a lei das Faculdades Delegadas, onde o Congresso transfere a legislação das leis para Milei por um ano, podendo ser prorrogado por mais um, mediante nova votação.
Com essa delegação, o Executivo poderá legislar sobre praticamente tudo, inclusive reintroduzir partes retiradas do debate atual na lei geral Omnibus, como na área fiscal e trabalhista, essa última impedida na justiça. Os freios e contrapesos da democracia liberal são postos de lado.
Por que o Congresso concorda em abdicar de suas prerrogativas, entregando todo o poder ao Executivo, a Milei?
O que esperam alcançar com essa medida?
Na verdade, estão agindo covardemente, deixando Milei e seu projeto destrutivo sem limites, sem oposição. Não apenas entregam a responsabilidade de decidir, que deveriam compartilhar, mas também a responsabilidade pelo que acontecerá no país. Permitem que Milei imponha sua vontade e lavam as mãos das consequências.
Certamente, imaginam que depois que a bomba estourar (e ela vai estourar), possam alegar inocência ou nenhuma responsabilidade. De fato, a cobrança após o desastre consumado pode ficar confusa e dividida no caos provável dos próximos meses. Planejam se safar, culpando Milei por todo o fracasso.
Esse tipo de tática costuma funcionar, mas o tamanho do estrago pode ser suficiente para tragar todos.
A lei deve ser aprovada por aproximadamente 140 votos, um número significativo e suficiente para mostrar o empenho covarde reinante. O partido de Milei não tem nem 40 deputados; o restante dos 140 é composto por medo, omissão e covardia.
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Uma resposta para “140 x 100. A lei Omnibus deve passar.”
Suicidio….anunciado…. do país ou do presidente?
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