
Com Paris cercada por produtores rurais furiosos devido às negociações com o governo francês, Macron aproveitou o impasse nas conversas sobre o acordo entre a União Europeia e o Mercosul para encerrar as discussões sobre o tratado, buscando assim acalmar a indignação e encontrar espaço para dialogar com os líderes dos protestos.
Sabemos que o acordo era desvantajoso, com o Mercosul fornecendo produtos primários em troca de aviões, máquinas e computadores europeus. Mesmo assim, exigiam participar das compras do governo em igualdade de condições com os brasileiros e impunham requisitos ambientais.
Lula herdou esse tratado do governo anterior e conduziu as conversas sem se comprometer, evitando assumir o ônus de interromper as negociações.
A turbulência na França e as necessidades mais prementes de Macron acabaram sendo favoráveis ao Brasil.
Certamente, não deixa saudades.