O vai e vem nos EUA.

Com base nas pesquisas disponíveis, é importante reforçar as precauções para eleições decididas dentro da margem de erro, como ocorreu nos Estados Unidos, especialmente considerando a possível participação do controverso Trump como candidato, caso não seja impedido antes, o que parece cada vez menos provável. O que testemunharemos nos EUA pode ser uma repetição do motivo que levou Trump ao cargo máximo da última vez: o cansaço dos norte-americanos em relação às guerras.

Trump prometeu evitar conflitos armados e cumpriu essa promessa.

Por outro lado, o presidente Biden participou de diversas intervenções militares e, provavelmente, enfrentará dificuldades nas eleições devido a esse histórico, exibindo até certo orgulho nesse aspecto. Talvez a sua idade avançada contribua para a derrota, sendo essa uma maneira indireta de desistir sem realmente desistir.

Os democratas parecem incapazes de alterar o curso de suas políticas externas, enquanto os republicanos impõem sua agenda moralista e exclusivista, buscando pacificação e priorizando o comércio exterior.

Quanto a nós, sinceramente, considero a possibilidade de Trump ser uma opção melhor. O mundo necessita de paz e comércio para possibilitar o crescimento de todos, especialmente aqueles que podem se envolver no comércio, como é o nosso caso. As posições de extrema direita de Trump, mesmo que Lula esteja no poder, não parecem ter impacto significativo em nosso país. Golpes militares seriam prejudiciais aos negócios. Trump personifica o desprezo pela democracia, sendo um líder autoritário e um ícone da direita mundial. Entretanto, ele também pode ser visto como uma espécie de blefe, utilizando a mentira de forma extrema. Sua participação na invasão ao Capitólio, enquanto observava de barracas improvisadas, e seu discurso negando a derrota e insinuando fraude eleitoral não foram suficientes para impedir sua candidatura, pelo menos até agora. Parece que, para além dos trâmites legais, nada é capaz de impedir tais figuras monstruosas. Contudo, aqui conseguimos superar esses desafios, e sanções mais severas contra os fascistas podem, eventualmente, prevalecer. Existem limites sendo estabelecidos, o que poderia auxiliar os EUA em um hipotético segundo mandato de Trump.

No que diz respeito ao restante do mundo, Trump parece ter uma visão diferente do sucesso econômico da China, enxergando-o mais como um desafio do que uma ameaça, uma competição onde as regras são baseadas no comércio e não na guerra. Essas são palavras que eu já disse praticamente no primeiro mandato de Trump. Então, por que ele perdeu a reeleição? Porque é um fascista perigoso e sem limites. Muito de sua loucura é uma estratégia para impor sua agenda, dominando o público ao estimular seus piores sentimentos, como também foi feito aqui, inclusive com ameaças autoritárias. No entanto, essas ameaças não podem chegar às últimas consequências, pois, no fundo, são covardes e mentirosos. Claro que, eventualmente, suas mentiras podem se concretizar, representando um risco que devemos evitar. Foi isso que os eleitores norte-americanos fizeram, assim como nós. Não é aconselhável brincar com impulsos antidemocráticos, mesmo os mais flagrantes. Em conclusão, para nós e talvez para o mundo, Trump representa mais uma ameaça simbólica do que real. De qualquer forma, a eleição nos Estados Unidos está longe de ser decidida.


Deixe um comentário