
Após o anúncio do novo programa de industrialização nacional proposto pelo governo, a Fiesp publicou uma nota apoiando a iniciativa.
Houve quem chamasse o plano industrial de “Plano Safra” da indústria.
O presidente Lula chegou atrasado na cerimônia e fez um discurso mais preocupado em tirar o plano do papel do que com qualquer outra coisa.
Ele tem toda a razão. Quantas vezes nossos projetos nacionais foram abortados por golpes, golpes e mais golpes? Nos últimos 7 anos, o nosso BNDES esteve focado no financiamento presencial do setor agrícola, e não é coincidência que a indústria nacional tenha ficado para trás.
Não é um projeto simples, nem rápido, pensar em industrializar um país continental com graves problemas logísticos e os juros mais altos do mundo. Isso não será uma questão de poucos anos. Seriam necessários alguns anos e continuidade para que outro golpe não nos prejudique.
Por enquanto, nesta fase de intenções e planos por realizar, vale comemorar a insinuação de uma aliança entre o governo progressista e o setor industrial. Isso porque foi ali, na porta da Fiesp na Avenida Paulista, que o Pato Amarelo gigante ficou estacionado, promovendo a derrota do Brasil enquanto conspirava para derrubar a presidente Dilma.
Tomara que os tempos sejam de fato outros. Quem sabe Josué, filho do ex-vice-presidente de Lula e atual presidente da FIESP, não resolva inflar um pato vermelho na porta da Entidade?