
Segundo nos ensina o neurocientista Nicodellis, nosso cérebro é um instrumento de sobrevivência, priorizando a nossa reprodução como espécie e a preservação da vida individualmente.
O atual estágio de adaptação, que pode ser alterado no futuro por outras demandas, conduz nosso cérebro a uma simplificação de seus processos de tomada de decisão e escolhas. Caminhamos em direção ao preto ou branco, aos extremos, e abandonamos a zona cinza, onde a maioria da realidade acontece.
Estamos deixando de lado a empatia, solidariedade, o ato de se colocar no lugar do outro. Estamos privilegiando nossos interesses imediatos, instantâneos, nosso “curtir” de efeito imediato e passageiro, que nos conduz a mais e mais, indefinidamente.
Quem faz uso de redes sociais, e me parece um número absoluto nesse momento, entende o que estou tentando dizer. E essa rotina de internet é a principal causa dessa mudança no funcionamento cerebral em processo.
E nosso cérebro vai se ajustando a esse novo modo de ser coletivo, porque para ele o que interessa é sobreviver e passar o DNA para as próximas gerações. A aceitação social, ser aceito e visto nesse ambiente das redes, é uma estratégia de existência e sobrevivência cada vez maior.
É uma notícia muito preocupante, explica muito do atual estágio da civilização e de como rapidamente a evolução acontece, sobretudo no ambiente à velocidade da luz, onde as informações instantâneas correm.
PS.: Na imagem que ilustra o Post, marcado no círculo o único alemão que não se curva a Hitler desfilando em Berlim.