Marielle e a véspera da delação.

Domingo foi o dia escolhido para divulgar a notícia da delação do assassino Ronaldo Lessa, da vereadora Marielle Franco.

A dupla de assassinos confessou o crime; antes de Lessa, o motorista do carro que perseguiu a vereadora no ato criminoso já havia confessado e entregado o comparsa.

Não foram divulgadas as circunstâncias em que a confissão do crime foi feita, nem os detalhes dos acordos. Além disso, e sobretudo, faltam identificar os mandantes e esclarecer a motivação.

Sempre considerei a vaga de senador em disputa, na qual a vereadora despontava como uma séria candidata a vencer. Com sua ausência, venceu o Flávio, filho número 01 do ex-presidente derrotado. O motivo, a meu ver, estava claro. No entanto, as investigações conhecidas até agora não apontavam para um crime político. Desavenças com grupos de milicianos e denúncias da vereadora sobre suas práticas criminosas eram apresentadas como os verdadeiros motivos do crime contra Marielle.

A confissão de Lessa deve esclarecer e encerrar uma triste página de nossa história. Ou, quem sabe, abrir mais uma.


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