O dia foi marcado pela entrevista do Ministro Alexandre de Moraes, afirmando ter conhecimento de planos para sua prisão, assassinato e até enforcamento em praça pública. Ele atribuiu a autoria do planejamento criminoso aos golpistas de 08/01, ou a alguém acima deles.

A gravidade da declaração reabre, de forma oportuna, as feridas do dia 08/01, que completa um ano, com apenas os invasores da praça dos três poderes respondendo a processos e alguns deles presos. Isso parece ser muito pouco diante da magnitude da afirmação do ministro.

Segundo o Ministro Moraes, em uma das 3 hipóteses do planejamento ele seria preso, já estando monitorado pela Abin e com seu paradeiro conhecido. Em seguida, seria assassinado no caminho para Goiás. A pergunta é: por que Goiás?

Em fevereiro de 2022, Bolsonaro nomeou seu ajudante de ordens, Mauro Cid, para o comando do batalhão das forças especiais em Goiânia, cargo que assumiria em fevereiro de 2023, após o fatídico dia 08/01.

Defendo a tese de que o dia 08/01 não era o golpe em si, mas uma preparação para um futuro golpe em data indefinida, dependendo da evolução da situação. Serviu, entretanto, no mesmo dia 08/01, como motivo para o ministro da defesa, por motivação desconhecida mas certamente a pedido de seus generais, oferecer ao recém-eleito Lula uma GLO, supostamente para assumir a repressão e impor a ordem na conturbada Brasília daquele momento. Lula, sabiamente, recusou e, através do ministro Dino e do STF, afastaram o governador Ibaneis e assumiram o controle das PMs, conseguindo controlar a situação.

Em 21 de janeiro de 2023, Lula ordenou ao comandante do exército, recém-nomeado por ele, que cancelasse o comando de Mauro Cid para o batalhão das forças especiais de Goiânia.

Para surpresa de muitos, o comandante do exército, General Arruda, recusou-se a cancelar e preferiu perder seu posto. Um acontecimento escandaloso que foi notado na época, mas ainda não completamente entendido em suas implicações e motivos. Surgiu a versão que na verdade quem foi sumariamente demitido no dia 21 foi mesmo o Comandante Arruda, por sua omissão do dia 08/01 anterior e por dar continuidade a nomeação de Mauro Cid.

O batalhão das forças especiais de Goiânia é o responsável último pela segurança de Brasília, a capital federal, e seu comandante, caso Lula não tivesse interferido, seria o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, atualmente preso por crimes em quantidades imensas, falsificações de documentos e outros crimes.

Dentro desse enredo, muita coisa ainda precisa ser entendida. Dificilmente Bolsonaro nomearia Cid com um ano de antecedência pensando em derrota eleitoral e golpe. Parece mais plausível sua nomeação por serviços prestados e para cumprir agendas militares que têm cronogramas específicos e nomeações por antiguidade. Uma vez nomeado, o caminho para o assassinato de Moraes no caminho para Goiás parece mais do que uma coincidência. A resistência do comandante Arruda em afastar Cid do estratégico batalhão é muito suspeita. Preferir perder o próprio cargo a cancelar a nomeação do presidente anterior é suspeitíssimo.

Tudo somado, e dentro da minha visão de que o 08/01 não foi o golpe, mas uma preparação, manietar o presidente recém-eleito com uma GLO, assumir o controle da situação, parece mais plausível. O golpe talvez viesse depois ou nem viesse. Com os comandantes militares senhores da situação, Mauro Cid general no batalhão que defende Brasília, ou a ameaça.

O advogado Kakay escreveu um artigo no 247 onde afirma saber de uma lista de assassinatos elaborada pelos bolsonaristas, onde seu nome estaria incluído. E que o dia 08/01 era sim a preparação para o golpe futuro.

Agora, vamos aguardar as revelações que certamente virão após essa entrevista histórica do Ministro Moraes e vamos conhecer os nomes daqueles que planejaram a sua morte em praça pública e elaboraram a lista de assassinatos.

O aniversário do 08/01 promete.

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