
Em uma das inúmeras declarações feitas na Alemanha, durante a última viagem do governo, que parece ter sido animadora, o ministro Paulo Pimenta comentou sobre um acordo com a pasta alemã similar a sua, para combater as fake news, robôs e desnazificar o país, onde os alemães são especialistas.
Também mencionou a regulamentação das redes, citando Canadá e Austrália, países que efetivamente regulamentam o uso da internet, mas incluíram a remuneração de conteúdo jornalístico compartilhado. Isso pode vir a ser uma decisão que limita o crescimento das mídias alternativas e independentes, concentrando ainda mais as receitas. Além disso, a recente decisão do STF criou confusão ao propor uma lei que atinge veículos de imprensa que divulgam entrevistas cujo conteúdo pode ser legalmente questionado. Aqui também, os meios de mídia alternativos serão os mais afetados.
De fato, precisamos aprender a desnazificar a divulgação de ideias e mensagens no Brasil, mas sem reconhecer e enfrentar os maiores responsáveis pela promoção dessas ideias e os maiores beneficiários, tudo não passará de uma tratativa ingênua.
Lembro-me de José Dirceu, o poderoso ministro da Casa Civil do primeiro governo Lula, e seu provável sucessor, que ajudou mais de uma vez a endividada Rede Globo, imaginando talvez algum tratamento equilibrado no jornalismo da empresa. Nem precisamos lembrar o que se passou depois.
Também fiquei surpreso ao ouvir Genoino recentemente, presidente do PT na mesma época de ouro de Dirceu, dizer que foi seduzido pela sua imagem reproduzida nas telas da televisão, nas tantas vezes em que era procurado para dar seus pareceres e opiniões. Também a ele é desolador lembrar qual tratamento lhe foi dado na cobertura jornalística da imprensa.
Então, Ministro Pimenta, mãos à obra, vamos desnazificar o Brasil. Sugiro começar do começo, pois muito antes das fakes assumirem o comando, um certo tipo de jornalismo fazia o mesmo trabalho buscando os mesmos resultados. E, ao contrário de muitas das fakes e dos robôs, tem nome, endereço e rosto conhecido. Só não enfrenta se não quiser ou não tiver condições para isso. Ou, ousando dizer, faltar coragem. O fato é que sem isso, ou pior ainda, estimular a concentração de recursos, a situação não muda.
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