
Esporadicamente, faço comentários sobre as idiossincrasias dos líderes evangélicos proeminentes, sem a menor disposição. Primeiro, porque ressaltam a cretinice predominante; segundo, porque a liderança evangélica é abundante, e não há consenso entre eles – se colocados em uma rinha de galo, nenhum sobreviveria.
Terceiro, porque, gradualmente, está surgindo uma geração menos alucinada, buscando uma abordagem menos agressiva e mais humana para substituir esses fariseus decadentes. Eles promovem seus desacertos exatamente porque perderam a influência federal e persistem em uma coreografia cada vez mais exagerada para tentar manter a posição perdida.
Não que vão desaparecer; são numerosos demais para simplesmente deixarem de existir. No entanto, a aposta em um ambiente menos tóxico por parte dessa nova geração pode ser promissora. Pelos motivos errados, como a crescente disputa e divisão interna, pode dar certo.
Aquele pastor do Rio, um dos mais fanáticos, convoca jejum e oração dos fiéis para combater a nomeação de Dino ao STF. Posso adiantar que o engajamento retórico é enorme, mas a efetivação nos lares é mínima. Sim, com o mesmo entusiasmo que aderem publicamente a esse tipo de chamado, chegam em casa com disposição completamente contrária. Deve ser cansativo, imagino, tanto berro e gritaria durante as horas do culto.
Assim, o teatro continua, cada vez mais vazio de sentido, interpretado por atores incorrigíveis, e cada vez mais distante do Jesus histórico que dizem seguir.