Reconhecendo o fracasso na COP28.

Um certo desânimo domina a reunião sobre os desafios climáticos que acontece na Catar, sob a sigla COP28.

As metas estabelecidas nos encontros anteriores foram solenemente ignorada. Se bem que serviram para discursos eleitorais, para muitos dos líderes que agora percebem chegar o tempo de cobranças.

Não por acaso Biden não apareceu, sabia que a atual cúpula deixaria evidente o estado atual de desalento nos compromissos, e resta reconhecer a falta e reafirmar compromissos e metas.

O Brasil que sediará a COP30, na região amazônica, em Belém, como desejava o presidente Lula , não chegou na reunião com as mãos abanando. Mostra resultados concretos na preservação da floresta, leva a proposta de um pacto de preservação permanente das florestas tropicais no mundo, que englobaria 80 países. Mas coloca ao lado das questões climáticas a presença humana nessas regiões, e diferente de serem um problema, aponta que são nesses grupos humanos que deveria o mundo apostar como solução para as metas ambientais futuras. Devidamente adequados aos biomas e financiados em suas atividades de sobrevivência harmônica, são eles os que tornarão possível a existência integrada das florestas com a ocupação humana. A ideia parece invencível e pode estar aí a solução que todos procuram e não encontram para manter vivas as esperanças das florestas e matas.

Ou seja, a ideia é, a exemplo do que faz no Brasil, incluir o pobre no orçamento climático, nas suas projeções e na aplicacao dos recursos.

Mas isso custa dinheiro. E a proposta do Brasil tenta inverter a lógica que primou até agora, que os países deveriam investir a seu gosto e que cada um se vire para preservar como puderem Não, a presevacao tem um custo, a integração humana adequada é a melhor resposta e compete a todos contribuir para que isso aconteça de verdade, e não somemte nas promessas feitas até aqui.

Enquanto a nova ideia tenta animar a atual reunião, perdida em seus fracassos, o Brasil prepara o caminho para um futuro e mostra a solução possível, diante do desafio e da falta de rumo geral. A atual disposição de promover uma nova economia e a chamada transição energética é bem vista e caminha, mas lentamente, e o prazo de dezenas de anos para sua efetivação pode significar a destruição do que ainda resta das matas e florestas no mundo .

Existe uma urgência e a necessidade de rumos claros, talvez o Brasil com Lula possa trazer ao mundo a saída que todos procuram e não acham.


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