Sua excelência, o fato.

Há um desacordo entre a pauta do STF e do Senado. Na Câmara, não fossem os inúmeros processos do Lira, que o obrigam a pisar em ovos com a justiça, a disputa seria integral entre a Câmara, o Senado e o STF.

Se o fascista tivesse sido reeleito, o Executivo estaria não apenas incluído na disputa contra o STF, mas liderando o ataque, com Moraes como alvo preferencial.

As bancadas, tanto no Senado quanto na Câmara, teriam número suficiente para um ataque contundente. A vitória do Lula desmobilizou a maioria mais interessada em cargos, vantagens e poder, permitindo até agora uma tensão reprimida que agora, por interesses internos de disputa da futura presidência no Senado, mostra um pouco da bagunça que seria a relação entre os poderes se outro ocupasse a cadeira de presidente.

Lula, à sua maneira, entende e sofreu a extrapolação de leis, o ativismo do STF, que passou da fase de interpretar a lei para legislar por conta própria. Atualmente, Barroso como presidente seria, por si só, um desastre hermenêutico, ele que se vê como o procurador geral da República e ministro do STF, entre outras alucinações. Conter o STF dentro de suas atribuições não é uma má ideia, infelizmente motivada pelos motivos errados. Zanim foi uma nomeação nesse sentido, e o novo ministro mostra que não vai inventar leis, mas aplicá-las, sejam boas ou ruins. Que se mudem as ruins no legislativo, ou que sejam cumpridas. Ponto.

Senadores bolsonaristas buscam um candidato para a próxima presidência da casa e são o fiel da balança na disputa pelos votos internos na próxima eleição. Daí os acenos dos candidatos a presidência do Senado, tendo como alvo o STF, que reage sabendo do tamanho do rabo que está à mostra.

Existe também uma diferença entre o projeto de governo vitorioso e o projeto legislativo vitorioso. O que pode ser visto até como uma certa defesa dos contrapesos das instituições, com os vetos mantendo a balança de poder equilibrada, parece, porque em alguns momentos, balança perigosamente e pode desandar.

Nada disso é bom; o legislativo brasileiro é um desastre, mas nem sei dizer se é o pior de nossas instituições. Se eles brigam, nem tão ruim é, verdade seja dita. O presidente Lula assiste de fora ao desatino, servindo como lugar de equidistância e equilíbrio. Isso lhe favorece, embora não favoreça o Brasil.

Que nem entre na equação na disputa pelo poder, que tem uma lógica própria, uma conta de somar e multiplicar, a partir dos grupos eleitos, nomes que as pessoas, após a eleição, nem sabem dizer mais quem foi, segundo pesquisa recente. Que repete as anteriores, sem nenhuma novidade.

Enquanto temos nosso Lula para segurar as pontas, vamos levando.

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