
A reunião de ontem com o Presidente da Petrobras, Prates, Lula, Haddad e o Ministro da Indústria, pouco destacada, me pareceu de vital importância.
Foram avaliados quatro pontos: preço brasileiro dos combustíveis, investimentos prioritários em petróleo e gás, conteúdo nacional nas compras e distribuição de dividendos dentro das práticas comuns do setor.
“Preço brasileiro” significa que a Petrobras ainda está cobrando caro pelos nossos combustíveis e não tem acompanhado a queda do preço do barril no mercado mundial, nem a queda da cotação do dólar. Aqui o cuidado é fundamental; quanto mais baixo for o preço do nosso combustível, mais a inflação vai ceder e o Banco Central, com a política do Bolsonarismo, vai baixar os maiores juros do mundo. Remover a trava dos juros é fundamental para o crescimento do Brasil.
Rever a política de investimentos está relacionado à urgência do país em realizar grandes negócios. A Petrobras é a principal empresa brasileira, e seus investimentos fazem muita diferença nos rumos gerais da economia. Quanto mais e melhor investir, mais o Brasil cresce.
A compra de conteúdos nacionais é a tentativa de retomar estaleiros e serviços específicos da cadeia de petróleo e gás, que estão parados desde o golpe em Dilma. Não é possível ficarmos gastando com empresas estrangeiras e deixarmos as nossas paradas. Além disso, é uma promessa de campanha que funciona e emprega muita gente na indústria.
Por fim, a política de continuar distribuindo R$ 20 bilhões em dividendos e perdendo capacidade de investimentos com essa maluquice. As maiores empresas de petróleo do mundo não distribuem mais de R$ 8 a R$ 10 bilhões, e a Petrobras não tem motivo para continuar favorecendo acionistas minoritários e deixando de lado seus investimentos.
Foi uma reunião muito importante e tratou de temas muito sérios que precisam de resposta imediata. Para o atual presidente da Petrobras, Prates, foi uma espécie de aviso. Ele entendeu tanto que volta na semana que vem com todo o plano de negócios para discutirem juntos no Planalto.