Drible da vaca.

A ilação é complicada, mas irresistível.

O governo teve o ano inteiro para concluir o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, afirmou que ia fazê-lo, mas não foi adiante e acabou por não ser realizado.

O prazo final é 10 de dezembro, quando o novo governo argentino assume, e aí nenhum tratado será assinado. Assinará, o novo presidente Argentino, apenas com os EUA, caso Trump retorne; somente com o Brasil em 2034, se Bolsonaro voltar; com Bibi de Israel, aí sim, estará liberado desde já.

Não é para lamentar o fato do acordo entre Mercosul e UE não ter sucesso, pois já falamos algumas vezes sobre o tratado e nunca me convenci de que seria um bom negócio. Eles vendem computadores e máquinas, enquanto nós exportamos banana, soja, um pouco de carne e talvez frango. Isso não é vantajoso.

Devido a uma série de obstáculos e imposições por parte dos europeus, especialmente em relação às metas ambientais, o Brasil rejeitou a proposta. Lula reclamou publicamente da iniciativa, chamando-a de pouco amigável, e a assinatura foi sendo adiada, atrasada, reiniciada, e agora, na véspera do novo governo argentino assumir, há essa correria, mas parece que nada vai acontecer.

Lula ligou para a Europa, agendou reuniões, e diz que tem pressa. Alguma coisa me diz que há um dedo oculto, uma intenção escondida, de nunca assinar esse acordo nas condições atuais. Talvez, um acordo futuro, com condições melhores, ainda possa ser avaliado.

Agora acabou, e me fica a impressão de que nosso Lulinha, enquanto acelera o BRICS a mil, estava freando esse outro acordo com os europeus.


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