Divide et impera.

Na semana que se inicia com a expectativa da provável indicação de Paulo Gonet como o novo Procurador-Geral da República (PGR), apoiado por Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, e de trajetória conservadora conhecida, é notável a quantidade de pessoas reclamando, principalmente nas hostes progressistas.

Embora seja comum que qualquer nomeação para qualquer posição provoque críticas, uma nomeação tão importante como a de PGR provoca muito mais.

Os exemplos de surpresas em nomeações e alianças políticas são tão numerosos que suspeito que achar e citar exemplos de fidelidade e coerência perca fortemente de goleada.

É disso que tratamos: de conveniência, de acordos, de alianças, de política aplicada na veia. A garantia nesses casos, permitam-me dizer, é relativa, para não dizer quase nula.

Ao observar a atual composição do STF, lembrando quem nomeou quem, uma rápida reflexão sobre os julgamentos da última década e suas consequências , é reveladora.

Lembremos que Gilmar Mendes e Alexandre Moraes foram nomeados por FHC e Temer, respectivamente, para citar apenas dois exemplos. Ah, Toffoli foi nomeado pelo Lula. Fux pela Dilma, etc

Claro que todo o cuidado deve ser tomado, sem ilusões, na escolha de cargos tão importantes, e é isso que todos tentam fazer na medida do possível.

No caso de Gonet, outra característica do Lula sobressai, e aqui ele não inova, apesar de não vermos a aplicação dessa prática com a devida inteligência, por essas bandas: divida e impere!

Essa recomendação vem de longa data e, acreditem, funciona.

Isso também se aplica, sem entrar no mérito da questão, do orçamento cada vez mais robusto nas mãos do Congresso. Com Dilma na presidência, o orçamento dos congressistas era de 8 bilhões, com Temer foi para 13 bilhões, com Bolsonaro para 30 bilhões e agora querem chegar a 40 bilhões. É uma quantia significativa que pode se transformar em fonte de corrupção, chafariz e outras práticas questionáveis. No entanto, observe bem, se essa gente está à venda, vamos comprar e fazer as reformas que o Brasil precisa.

É uma crua, nua e dura realidade. E só mudará se o conjunto da sociedade alterar os critérios de escolha dos congressistas, ponto. Se é que tem algum. Outro ponto.

A vitória do fascismo na Argentina mostra os perigos que rondam nossos países, considerando sempre a diversidade e distintas orientações e interesses políticos que a cada eleição parecem pender para o lado mais conservador, ao menos por hora, a única maneira de manter o comando das ações é sair na frente, antecipar tendências, somar e dividir na hora e na necessidade certa. Exige uma disposição e arte disponível para poucas pessoas, e temos essa pessoa no nosso governo.

As opções disponíveis são limitadas, mas existem, com um pouco de atenção podemos notar as novas e promissoras lideranças surgindo. Na Argentina também, o recém eleito governador da província de Buenos Aires é jovem e tem futuro, ainda mais diante do previsível desastre contratado.

Gonet está recebendo uma chuva de críticas quanto a sua indicação, vamos ver a decisão do Lula e se uma outra opção aparece. De qualquer maneira, o sucesso de um governo depende de do somar. Repare, como os liberais e direitistas não fazem e por isso fracassam, preferem governar para os seus e aí não progridem, porque ficam limitados e travados. Travando o crescimento e limitando o progresso.

Uma vez
Mensal
Anualmente

Apoie e divulgue o BLOGdoBADU.com
Se preferir, PIX 49071890600

Make a monthly donation

Make a yearly donation

Escolha um valor

R$5,00
R$15,00
R$100,00
R$5,00
R$15,00
R$100,00
R$5,00
R$15,00
R$100,00

Ou insira uma quantia personalizada

R$

Your contribution is appreciated.

Your contribution is appreciated.

Your contribution is appreciated.

DonateDonate monthlyDonate yearly

Deixe um comentário