De Acre a Asquelon.

Foto por Haley Black em Pexels.com

Não é fácil constatar, entre o ocidente, mas para o Judaísmo, os limites incontestáveis das terras de Davi seriam as cidades de Acre, ao norte, e Asquelon, ao sul, fazendo fronteira, respectivamente, com os Fenícios e Filisteus.

O Reino de Davi foi dividido em dois após a morte de seu herdeiro Salomão, resultando em dois reinos distintos: ao norte, o Reino de Israel, e ao sul, o Reino de Judá.

O Reino do Norte, chamado Israel, foi invadido e destruído pelas invasões Assírias no ano 722 a.C., passando a ser chamado Samaria. Seus moradores nunca mais foram reconhecidos como parte do mesmo povo pelos habitantes do sul, em Judá.

A passagem de Jesus e a samaritana ilustra que, mesmo séculos depois da invasão assíria, os samaritanos não eram bem aceitos nas comunidades judaicas, incluindo Jerusalém.

Jerusalém, por sinal, nunca fez parte do Reino do Norte, Israel, o que evidencia o equívoco do apelo evangélico no Brasil quanto à restauração de Israel. Como tentei explicar, restaurar Israel deixaria de fora praticamente todos os lugares sagrados ao sul de Jerusalém, que sempre fizeram parte do Reino de Judá.

Mais precisos são os judeus, que aguardam a volta do Messias para restaurar o antigo Reino de Davi, não se limitando à parte norte de Israel, mas a Israel e Judá, nos limites da Bíblia, de Acre a Asquelon. Isso deixa os habitantes de Gaza, ontem e hoje, fora desses limites, uma vez que Gaza ainda se localiza ao sul da cidade de fronteira Asquelon.

O nome Filistina foi romanizado, pelo invasor Romano e a Região passou a ser chamada de Palestina, onde hoje se localiza a nova Israel, praticamente fundada em 1948, com a chegada dos judeus convertidos que habitavam a Alemanha e a Rússia, ex-moradores daquelas regiões destruídos na segunda guerra mundial.

Poderíamos continuar a estudar o tema se isso tiver alguma serventia. O Likud, partido de Bibi Netanyahu, é laico e usa o texto bíblico distorcido como justificativa para sua posse.

A foto que ilustra o post é da Mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém, situada no monte onde Salomão, Esdras-Neemias e depois Herodes edificaram os três templos mencionados na Bíblia. No interior da mesquita, ainda hoje, bem ao centro, com as galerias cercando o lugar, existe uma ponta de rochedo preservado, local onde os sacrifícios do Templo de Esdras e Neemias, e talvez até nos tempos de Salomão, foram realizados. Os famosos sacrifícios expiatórios para o perdão dos pecados.

A invasão do Hamas em 08/01 levou o nome da Mesquita Al-Aqsa, uma tentativa de envolver todo o mundo muçulmano no conflito, sabendo que estavam iniciando. A Mesquita é um lugar sagrado dos muçulmanos e alvo dos judeus, que pretendem reconstruir o templo de Salomão no mesmo lugar. Para isso, precisam derrubar antes a Mesquita. A retomada da terra, mesmo com os atuais limites alargados, somado a reconstrução do Templo de Salomão, anunciaria o tempo do Messias Judeu. Que diferente do Messias cristão, anuncia redenção em vida, não no além.

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