Netanyahu, o Grande.

Toda a tragédia palestina guarda paralelismo com o livro dos judeus, depois assimilado e incorporado no cristianismo como Velho Testamento na Bíblia. A justificativa para a posse atual da terra está garantida pela ordem divina.

Não vou entrar nesse mérito, basta saber que Israel do Antigo Testamento foi destruído pela Assíria em 722 AC e passou a se chamar Samaria. Era o lugar de pessoas desprezadas pelos judeus de Judá, porque não eram mais puros, mas miscigenados. Jerusalém, o centro religioso de Judá, nunca fez parte do antigo território de Israel.

Outro paralelismo que encontramos está no Novo Testamento, na figura do Rei Herodes, o Grande, nomeado pelos romanos como líder da Judeia, Samaria e alguns outros territórios. Foi ele quem construiu o terceiro Templo, embora a centralização do culto em Jerusalém fosse anterior. Seu templo levou 40 anos para ficar pronto, e os muros onde judeus e cristãos de todo o mundo se lamentam são o que restou dele, depois da destruição promovida pelos romanos em 70 DC.

A fama de Herodes inspirou os autores do evangelho na história do assassinato de crianças na Judeia. Herodes nunca fez isso, mas como mandou matar seus próprios filhos devido a disputas sucessórias, sua fama foi usada no texto cristão em outro contexto.

Se Herodes não fez isso, faz agora Netanyahu ao mandar matar as crianças palestinas, que são os autênticos descendentes dos antigos moradores da região, ao longo dos séculos.

São muitos os paralelismos, muitos usados para justificar e apaziguar consciências, usando a fé e a ignorância como arma mortal.

E o Likud, partido de Netanyahu, é laico, tornando a justificativa do uso do texto bíblico ainda mais absurda.

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