Criando Corvos.

Para nossa surpresa, a solução encontrada para amenizar a escalada de violência nas principais capitais brasileiras, e que está se espalhando para as demais, foi decretar uma GLO nos espaços federais, portos e aeroportos e fronteiras.

Os espaços que serão ocupados por militares, neste caso, serão de atribuição federal, evitando assim caracterizar a iniciativa com algum viés de intervenção nos estados.

Foram tomados alguns cuidados desta vez; não temos um xerife comandando as ações, até porque elas estão descentralizadas, acontecendo no Rio, São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Um colegiado de polícias, militares, alfândega, PF e PRF atuará sem um comando central.

A oposição está sem saber como responder à iniciativa, e a imprensa, que ameaçou apoiar, parece estar se preparando para as críticas de sempre.

Há novidades na ideia, já que o Brasil dispõe de uma mão de obra ociosa, com milhares de trabalhadores disponíveis, e volta e meia surge a necessidade de usar as tropas para alguma coisa útil. Fronteiras, portos e aeroportos são locais de entrada e saída de tudo quanto há, e fiscalizar é sempre necessário.

Acredito que algo mais sério esteja acontecendo, pois existe, sim, uma escalada de violência no Brasil. Por algum motivo, as PMs nos estados partiram para cima do tráfico e dos grupos criminosos, e estes reagiram trazendo a luta para as ruas. É evidente que as PMs precisam enfrentar o crime, mas a estratégia de fazer isso nas ruas das principais cidades me parece um grave erro.

Há mais um ponto a ser considerado: os governadores dos estados não conseguem controlar a violência das polícias, e números inéditos de confrontos e mortos fogem de qualquer racionalidade, evidenciando a total anormalidade.

O governo federal percebeu a dificuldade dos governadores, talvez até a impossibilidade, e eles foram deixados de lado na operação atual. Quem, na verdade, foi evitado, foram as PMs e não exatamente os governadores. Estes reagiram meio sem jeito, mas evitando condenar a iniciativa federal.

A impressão geral parece a mesma: algo precisava ser feito, e o foi.

Vamos aguardar os resultados, pois serão duramente e rapidamente cobrados.

Resolvi dar um título pessimista ao post, mas não fui tão negativo no texto. O que me preocupa é exatamente que ações assim possam promover figuras como Braga Neto, que foi interventor no Rio na época do Temer.

A diferença é que agora acredito na intenção da proposta, que teria sido planejada por meses, segundo o Ministro Dino. Isso é totalmente diferente da improvisação de um governo perdido e fraco, como o de Temer, que deixou como herança somente o trágico assassinato de Marielle, que aconteceu exatamente durante a GLO no Rio.

Ok, mas não deixo de sentir um gosto amargo na boca.

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