
Tentei fazer ontem um resumo das pautas no Congresso e as informações nunca chegam por completo. Ficaram de fora a votação do Desenrola e, de ontem para hoje, duas novidades: plebiscito sobre o aborto e o fim da reeleição para presidente.
E também duas importantes declarações do Presidente Lula ontem à noite. Para finalizar as especulações sobre a escolha do STF, ele afirmou que gênero e cor não serão critérios. Em uma segunda declaração, ele afirmou estar satisfeito com o comando da CEF e não pretende mudar, pelo menos neste ano.
Vamos por partes.
A ideia do plebiscito sobre o aborto é uma reação da direita contra o início da análise do tema da descriminalização no STF.
A votação do Desenrola é apenas para formalizar o programa que já está em andamento. Vamos ver se a bancada do agro cumprirá a promessa de parar todas as votações. Até agora, parece que ninguém os está levando a sério. No entanto, eles têm quantidade para atrapalhar, se quiserem.
As declarações de Lula encerram especulações, e ele afirma o óbvio: que escolherá alguém de sua inteira confiança e ainda acrescenta que o escolhido não pode ter medo da imprensa nem votar de acordo com as manchetes.
Agora, uma novidade começa a surgir no horizonte, o ativismo do Presidente do Senado, Pacheco. Depois de afirmar e dar andamento a um projeto de total criminalização do porte de drogas, reagindo à decisão do STF que amenizou a posse de pequenas quantidades, ele agora traz a proposta sobre o fim da reeleição.
Pacheco busca holofotes, claramente, iniciou sua campanha para o governo de Minas e busca o lado conservador do eleitorado. Mas como ainda estamos muito longe do pleito, suas intenções podem ocultar outros planos ou, quem sabe, ele busca angariar apoio criando dificuldades para depois oferecer facilidades. Seu parceiro na Câmara, Arthur Lira, é mestre nessa prática.
Quanto a Lira, já dava como certo o comando da CEF, e a única dúvida era se seria de porteira fechada ou não. Pelo menos até o fim do ano, a porta ficará fechada, conforme afirmou o Presidente Lula.
A CPMI está de volta com o General Heleno no banco. Vamos ver se ele responderá a alguma pergunta. Na CPI do DF, que ocorre em paralelo, ele já compareceu, ouviu e proferiu desaforos, alegando não se lembrar de nada. Deve repetir a mesma fórmula.
Uma última observação, quanto ao critério de nomeação do Presidente Lula. Mesmo quando nomeia Ministros de partidos de oposição para seu governo, no bojo dos acordos de governabilidade, ele escolhe entre seus opositores aqueles a quem mesmo seus pares consideram Lulistas. Essa observação vale para nomeações passadas e futuras.
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