A Presidente do PT, Gleisi, por algum motivo desconhecido, fez duras críticas à Justiça Eleitoral, não ficou claro se ela chegou a falar em extinção, como os jornais propagam. Pareceu mais uma armadilha, e o Ministro Moraes prontamente rebateu, incorporando o seu personagem atual que enfrenta tudo.

As críticas de Gleisi focaram em dois pontos. Um deles foi o rigor da Justiça Eleitoral na aplicação de multas e fiscalização sobre os recursos partidários, que estariam prejudicando o funcionamento dos mesmos.

E emenda a segunda crítica, essa sim matadora. Comparou os recursos anuais disponíveis para todos os partidos somados – R$ 1,2 bilhão – com o custo da Justiça Eleitoral – R$ 10 bilhões.

Ou seja, a Justiça que fiscaliza custa nove vezes mais.

Seria mesmo o caso de discutir a premência de manter uma fiscalização 9 vezes mais cara, mas não sei se foi isso que ela quis, repito.

Outra pesquisa sobre juízes no Brasil aposta que 75% estão insatisfeitos com os salários de R$ 70 mil mensais. O desprezo ao teto constitucional – metade do valor médio do salário dos juízes – mostra com que tipo de poder decisório estamos lidando, que mostra tamanho desrespeito a preceitos legais e ainda reclama.

Os militares que trabalharam no governo anterior, falam em 6 mil, estavam todos somando rendimentos e muitos extrapolando o teto constitucional. Sobretudo os de mais alta patente.

Um dia vamos precisar enfrentar essas questões.

Enquanto esse dia não chega, talvez Gleisi possa ter se excedido nas críticas, pode ter sido mais uma pegadinha da imprensa, pode ter havido uma reação indignada por ter que responder às exigências de quem não se dá ao respeito.

A Justiça Eleitoral que agora tornou Bolsonaro inelegível é a mesma que impediu a candidatura do Lula não faz muito tempo.