No auge da pressão que o governo precisou fazer para remover o BC e seu presidente bolsonarista, Campos Neto, de persistir na loucura de juros astronômicos, Haddad chegou a sugerir 10 quedas sucessivas de 0,5%. A sugestão pareceu agradar e deram início ao processo de redução. Agora, passados alguns meses e os cenários consolidados de inflação e nova âncora fiscal, reforma tributária e demais previsões econômicas acolhidas, inclusive base no Congresso para aprovar as muitas outras medidas e reformas, podemos imaginar cortes maiores, de 0,75% e até 1,0% na taxa Selic.

Mais ou menos percebemos a mesma discussão anterior, muito mais comportada porque o governo sente que venceu o debate, mas o ritmo precisa acelerar porque o crescimento do país não pode patinar. A arrecadação andou caindo na margem, mostrando a necessidade de seguir na redução e no investimento público indutor e que antecipa o investimento privado.

O PIB do ano não está ruim, mesmo que sustentado pelo agronegócio exportador e tímida reação dos serviços, mas pode, deve e vai melhorar, na medida que as taxas caírem para números civilizados. E, quanto antes, melhor.

A importância de quedas sucessivas e de permanência nessa direção, move o planejamento dos investidores, sabendo que a farra tem prazo para acabar, tiram os projetos das gavetas e começam a mudar as fontes de receita financeira para o mundo real, onde vivem as pessoas que precisam trabalhar.

O ganho de tesouraria é um câncer brasileiro, de origem nos liberais e nos conservadores, e agora também dos fascistas. Concentram a renda, desempregam, e mantêm o dinheiro retido nos cofres rendendo lucros para a sociedade pagar sem nenhum benefício a receber.

Todos os heróis liberais têm essa marca, levam os juros na lua e ficam ricos e famosos, viram oráculos do óbvio, ascendem socialmente porque não fazem nada, além de remunerar o ócio do poder.

Em homenagem ao Domenico de Massi, falecido na semana, autor da tese do ócio criativo, para o homem moderno aproveitar o tempo disponível proporcionado pela modernidade de forma melhor. Nossos liberais inventaram o ócio remunerado, quando toda a sociedade aceita pagar juros astronômicos sem nada receber em troca. Ou seja, por aqui a criatividade liberal antecipou a teoria de Domenico, pervertendo seu objetivo e sentido, como é sobretudo a forma com que eles tratam a história e o povo, mantendo privilégios.

Quem sabe o BC nos surpreende e reduz os 0,75% ao menos?

Para a próxima reunião de dezembro, a queda de 0,75% parece certa. Mas seria bom agora. Em dezembro, 1%. E o Brasil melhora ainda mais.

( Atualização : Boletim Focus com previsão de inflação em queda e PIB em alta, acabou de sair. Mas as apostas de corte permanecem de 50 pontos.)

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