
A tragédia causada pela passagem do ciclone no Rio Grande do Sul permitiu que os setores obscuros da política iniciassem uma ofensiva baseada em teorias imaginárias responsabilizando o governo pelas inundações, bem como criticar a ausência do Presidente Lula no estado.
O ex-porta-voz da ditadura e dos generais alegou que as barragens construídas no RS durante os governos do PT foram intencionalmente abertas, provocando as inundações. E as notícias falsas na internet tinham como alvo principal o Presidente, com sua viagem para assumir a condução do G20 impossibilitando sua presença física na região afetada, sendo usada para disseminar mentiras sobre o governo tirar proveito da tragédia e menosprezar o grave problema. O próprio governador Leite também entrou nesse jogo, minimizando a ajuda federal, criando um sistema de transferência estadual (PIX) e insinuando que as verbas prometidas demoram demais para chegar. A resposta imediata do vice Alckmin, ao listar os recursos disponíveis na casa das centenas de milhões durante um encontro com o governador, desacreditou o discurso de Leite, que fez uma careta na hora, mas não pôde contestar. A discrepância entre a arrecadação do PIX e os milhões disponíveis tornou-o ridículo.
No que diz respeito às notícias falsas, o governo agiu prontamente, abrindo inquéritos na Polícia Federal, e o jornalista porta-voz de ditaduras também terá que se explicar.
Outro ponto de interesse em relação ao governo e às pressões frequentemente estranhas é a nomeação do próximo ministro do STF, para substituir Rosa Weber. Os outdoors em inglês espalhados na capital da Índia durante a reunião do G20, exigindo a nomeação de uma mulher negra para o cargo, parecem definir que tipo de adversário pretende influenciar as escolhas do nosso presidente. O constrangimento passou a ser para esses indivíduos ocultos envolvidos em arranjos internacionais obscuros, que usam causas justas para manipular a consciência nacional e manietar a presidência.
No entanto, isso não parece funcionar, pois, mesmo que as escolhas do presidente tenham limitações devido às suas referências e indicações, sujeitas a filtros e duras experiências recentes, não podemos ignorar nem por um segundo o caráter político dessa escolha, que vai além do mero conhecimento das leis. Se existirem mulheres negras capazes de desempenhar bem o papel relevante de proteger a Constituição do Brasil, e existem, mais do que isso, a escolha passa pelo crivo da consciência pessoal e da confiança do presidente. Nesse ponto, as limitações de convivência e referências pessoais, considerando que ele é um homem de 80 anos, têm peso. No entanto, como todos nós, ele está em um processo de assumir a importância de expressar a diversidade de nosso povo em todos os sentidos e momentos. Isso não é uma desculpa, mas uma limitação. Se ele encontrar a pessoa adequada para o cargo neste momento crucial, ótimo. Se for uma mulher, excelente. Se for uma mulher negra, ainda melhor.
Por fim, a reunião do G20 foi realmente um encontro entre gigantes, após anos de afastamento e disputas que levaram inclusive a uma guerra. O Sul global conseguiu conter a vontade das potências de isolar ainda mais a Rússia, usando a guerra como instrumento de ataque, graças aos esforços do Brasil e da Índia. O ano da presidência de Lula no G20 certamente será muito exigente nesse contexto de crescente afastamento entre as potências mundiais. Como mencionei anteriormente, o maior desafio será evitar divisões mais profundas e abrangentes.
Faça uma doação única, use o PIX 49071890600.
Divulgue o BlogdoBadu.com
Faça uma doação mensal
Faça uma doação anual
Escolha um valor
Ou insira uma quantia personalizada
Agradecemos sua contribuição.
Agradecemos sua contribuição.
Agradecemos sua contribuição.
Faça uma doaçãoDoar mensalmenteDoar anualmente