
Nosso valente Ministro Dias Toffoli decidiu tornar inutilizáveis todas as delações e acordos do caso Odebrecht. Ele afirmou ainda que a prisão do Presidente Lula foi um dos maiores erros da história do judiciário brasileiro.
Toffoli resolveu animar a semana da pátria com suas declarações explosivas.
Bem, entre nós, parece-me uma daquelas ações no estilo Barrichello: intempestiva, populista e covarde.
Mas necessária.
Imagine que, em relação a esses acordos com a empreiteira, um ex-presidente peruano se suicidou, e no Equador o assunto Lava Jato continua a influenciar a disputa política interna do país. E eles terão eleições nas próximas semanas.
A Lava Jato foi isso, um golpe grotesco com pessoas da pior espécie, impulsionado pela mídia venal e anti-patriótica.
Além do ministro, há muitas pessoas por aí que devem desculpas, reconhecimento e pedidos de perdão. Depois do fim das pedaladas, enterrar a Lava Jato e seus últimos resquícios parece ser uma tarefa urgente e verdadeira, que está acontecendo no judiciário. A imprensa e seus seguidores continuam impassíveis.
O ex-juiz e futuro ex-senador Moro, está meio desaparecido por medo de sua anunciada cassação, pasmem, por abuso de poder econômico. Ainda falta apurar os abusos de seu tempo como juiz, e sugiro até ser oferecido um acordo de delação premiada, pois tem muitos segredos para revelar. Além das conexões internacionais.
Toffoli resolveu aceitar o novo rumo da história. Apesar de ter agido covardemente, sua nova decisão não apaga sua imagem; antes, ela confirma a pusilanimidade daqueles que se aproximam do poder e fazem escolhas acomodadas.
Tanto faz, no pacote da infâmia, ele está devidamente acomodado também.
Para a história, é importante que a verdade seja proclamada dos telhados; é o lugar dela, para o bem ou para o mal.
Mais uma vez, a verdade encontrou seu caminho.