
Durante esta semana, aguardamos a divulgação do PIB do segundo trimestre de 2023, marcando o fechamento do primeiro semestre. As projeções apontam para um crescimento marginal, em torno de 0,3% no segundo trimestre. Pode-se argumentar que, partindo das previsões de queda com as quais iniciamos o trimestre, estamos, na verdade, estagnados.
O PIB acumulado nos últimos 12 meses atinge 2,7%, enquanto a previsão para o ano de 2023 é de 2,3%, de acordo com as tendências de mercado. O governo, por sua vez, estima números mais próximos a 3%, ou possivelmente até um pouco mais.
As estimativas permanecem relativamente otimistas, em grande parte graças ao desempenho do setor agroexportador no primeiro trimestre de 2023, que já contribuiu significativamente para o ano. Agora, é necessário que os outros setores também apresentem reações positivas. Especialmente o setor de serviços, que possui um peso substancial no cálculo do PIB, mas está praticamente estagnado em relação ao crescimento.
Essas revisões e resultados são fortemente influenciados pelas taxas de juros mais altas do mundo, ainda em vigor. A recente redução das taxas de juros e as promessas de mais reduções no futuro estão começando a ter impacto, embora timidamente. Os empréstimos bancários estão se mantendo estáveis, o que contribui para o cenário de crescimento lento: crédito excessivamente caro.
Os bancos preveem possíveis reduções nas taxas de juros para financiamentos e empréstimos somente no próximo ano, talvez com algumas pequenas mudanças ainda este ano, mas sem força suficiente para alterar o panorama geral.
Aguardamos com expectativa as ações do novo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e do programa “Minha Casa Minha Vida”. Reajustes no Salário Mínimo e na tabela do imposto de renda também contribuirão para impulsionar os negócios.
O segundo semestre, que costuma ser mais dinâmico, está por vir, mas como dependemos da massa salarial e essa permanece estável, as expectativas para o ano indicam um crescimento em torno de 3%.
Para o próximo ano, todos os esforços começarão a mostrar resultados mais efetivos. Dependendo da queda das taxas de juros reais, podemos antecipar um cenário ligeiramente melhor.
Os desafios foram consideráveis, já que a tarefa de reequilibrar as contas teve um custo em termos de investimento e crescimento. O déficit do governo anterior ultrapassou a marca de R$ 1 trilhão, e o compromisso atual é zerar esse déficit orçamentário até 2024, evidenciando a magnitude do desafio.
Embora pudesse ser melhor, é importante considerar que o cenário global também enfrenta problemas como inflação e conflitos armados, o que limita as possibilidades de avanço.
Possuo outras expectativas para este mandato e vejo que elas estão sendo progressivamente abordadas. Isso pode viabilizar um crescimento mais substancial e sustentável em 2025 e 2026. No entanto, ainda é cedo para explorar essas questões, e a eventual aprovação da Reforma Fiscal nos próximos meses poderá ter um impacto significativo.
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