Você não vê por aqui.

Posso compartilhar minha opinião como consumidor de notícias, já que estou envolvido no ramo há muitos anos. Após algumas semanas de relativa tranquilidade, a mídia corporativa retorna com força à sua costumeira síndrome de “vira-lata”, relativizando e minando as conquistas importantes das viagens do Presidente Lula. E não para por aí. Qualquer iniciativa inclusiva, popular, soberana e desenvolvimentista recebe o mesmo tratamento hostil que é dado ao Presidente. Aqueles que detêm o poder, verdadeiramente empoderados pelo erário público, estão dispostos a tudo para manter o status quo inalterado. Eles rosnam e mordem qualquer mudança que se aproxime.

No entanto, as mudanças acontecem, mesmo enfrentando forte resistência, disseminação de mentiras e as opiniões tendenciosas de especialistas. Essas mudanças rompem as barreiras de dentro para fora e, desta vez, também de fora para dentro. O antigo acordo neoliberal, chamado de globalização, gerou uma China gloriosa, e os magnatas financeiros alteram o discurso, que é rapidamente absorvido, e a ideia de globalização é deixada de lado. Mesmo após anos repetindo essa retórica, o conceito de globalização desaparece, e a nova ordem mundial emerge, embora ninguém saiba exatamente qual é essa ordem. Em caso de dúvida, o que os EUA decidirem prevalece.

No entanto, parece que muitos estão cansados dessa narrativa e uma nova ordem mundial multipolar surge como uma opção antes inimaginável, mas agora em construção. Ao contrário do discurso submisso e derrotista, essa transformação não busca excluir, favorecer ou alienar ninguém. Pelo contrário, tenta dar espaço e voz àqueles que sempre foram marginalizados das decisões globais, embora devam encarar as consequências.

Portanto, toda a comoção em torno da perda de influência do Brasil devido à inclusão de novos membros, ou a ideia de que apenas ditaduras fazem parte dos BRICS, é apenas uma retórica ofensiva que busca ocultar ou atrapalhar o fato principal: um futuro diferente do presente está surgindo. É compreensível que aqueles que se sentem ameaçados expressem sua insatisfação, faz parte do jogo.

No entanto, o que não é razoável, embora seja comum, é a resposta mesquinha da nossa mídia, que parece incapaz de se adaptar aos ventos de mudança. Talvez isso ocorra porque eles entendem exatamente que um novo futuro está se desenhando diante de nós e preferem se apegar ao antigo paradigma, onde as regras são definidas e beneficiam apenas uns poucos. Agora, uma nova ordem está começando a parecer possível.

Eu tenho minha própria perspectiva sobre isso, e você deve formar a sua.

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E a vida segue.


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