O novo velho, o velho novo.

Estamos sempre lidando com inversões de valores; em alguns casos, propostas que se dizem inovadoras invocam o passado.

Uma discussão bastante intensa, ainda por resolver, está aberta em torno da retomada da cobrança obrigatória do Imposto Sindical. Aqui, os defensores da modernidade evocam a tendência incrivelmente retrógrada do atual governo.

Tudo bem. Mas o que eles consideram moderno?

A lista é extensa, com várias propostas ainda em pleno vigor.

Vejamos: CLT, aposentadoria, SUS, ensino público, estatais, concursos públicos e investimentos estatais. Tudo isso é tido como antigo.

O novo seria exatamente o oposto.

Ignoram que praticamente nenhum outro lugar no mundo ainda adota tais abordagens, ainda mais após a pandemia de COVID, quando, sem a ação dos Estados nacionais, onde estaríamos? Quando os projetos liberais encontram respaldo apenas nas palavras dos fascistas? Isso talvez ocorra porque sabem que somente através de meios violentos um governo liberal pode impor suas práticas.

Em relação à volta do imposto, acredito que podemos discutir a questão, já que tudo na vida possui prós e contras. Pessoalmente, sou a favor. Os sindicatos têm enfrentado dificuldades nos últimos anos, e todas as promessas e tentativas de mediação entre trabalhadores e empregadores não tiveram êxito.

Um sindicato forte e ativo está fazendo falta.


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