O strike do hacker Delgatti.

Não me volto ao passado, onde poderíamos encontrar algum sentido nas históricas ações golpistas e intervencionistas das forças armadas no Brasil. Poderíamos até discutir algum mérito na manutenção territorial, embora seja uma questão debatível. No entanto, com rigor, todas as forças armadas tiveram um papel na formação de estados nacionais, conquistando ou defendendo territórios, participando das guerras de independência, entre outros eventos. Nada nesse mundo aconteceu sem conflitos.

Porém, em vez de aprender com exemplos de todo o mundo, onde as instituições militares se recolheram institucionalmente e obedeceram à supremacia do poder civil civilizador, aqui, nossas forças armadas insistem em interferir na dinâmica política do país, e frequentemente do lado errado. Isso não é uma sina, mas sim uma distorção grave.

O hacker de Araraquara, Delgatti, responsável por vazar as conversas da Lava Jato e expor os desvios da operação, agora está negociando um acordo de delação premiada, alegando temer por sua vida. Além de revelar a conexão entre Bolsonaro e Zambelli, que é bastante evidente, ele prometeu expor suas negociações com os militares e sua cúpula.

Segundo suas alegações, Delgatti foi contratado pelos militares para auxiliar na descredibilização das urnas eletrônicas, como parte daquela iniciativa do movimento fascista que buscava minar as eleições ou ameaçá-las, como todos nós testemunhamos. Além disso, ele afirma ser o responsável pelo ofício das forças armadas enviado ao TSE, repleto de questionamentos infundados.

Tudo isso pode parecer ridículo, mas se as acusações forem confirmadas, elas envolvem a alta cúpula militar nas tramas das ameaças e expõem os responsáveis. Embora não seja uma surpresa para muitos, Delgatti oferece provas materiais, nomes e intenções, abrindo caminho para uma investigação das ações e omissões de todos os envolvidos.

Tenho poucas esperanças de que algo seja aprendido dessa situação. Antes disso, é crucial que medidas de contenção sejam aprovadas definitivamente, algumas delas já anunciadas, que obriguem militares, se concorrerem a cargos eletivos, a irem para a reserva. Outras alterações no problemático artigo 142 da Constituição também estão em discussão, buscando um ajuste temporário, se não ainda uma emenda constitucional completa.

Devemos desarmar a retórica belicosa, limpar de vez o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e enfrentar muitas outras tarefas.

Mãos à obra.

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