
O espólio de votos do fascista impedido está sendo disputado nas ruas a céu aberto.
Tanta pressa e afobação não teria lugar no momento, ainda temos tempo até 2026, e passamos antes por um mandato que inicia e uma longa travessia por fazer.
O que acontece?
Temos a óbvia cupidez pelos votos da extrema direita, mas alguma coisa a mais move as decisões radicais e a retórica alucinada da dupla café com leite, Minas e São Paulo, Zema e Tarcísio.
E me parece que antecipam e arriscam porque percebem a erosão do fascismo e dos radicais, desiludidos com as derrotas e com as denúncias da conduta rasteira e mulambenta do ex-líder.
Tentando antecipar a dispersão que devem estar detectando nas suas pesquisas internas, e a evidente reorganização do centro político no entorno e no apoio do novo governo, correm para tentar conter o dique cada vez mais rachado.
E, arriscam.
Zema ao propor uma guerra separatista com a outra metade do Brasil não esta pensando em uma disputa nacional no momento.
Tarcisio ao abrir guerra contra os pobres do seu estado, idem.
Tentar segurar o próprio patrimônio em queda, tentam avançar no patrimônio disponível do bolsonarismo as vésperas de sua extinção;
Precisam arriscar e o estão fazendo.
Naturalmente podem perder tudo. Não tudo, completamente, mas o plus alcançado nos últimos anos que escapa entre os dedos. O núcleo fascista de votos antes estimados em 10 %, aumentou, mas para um nível ainda por ser apurado. Na dúvida, atacam com tudo que podem.
Projetos nacionais agora esperam, eles sabem que sem manter a atual base nem adianta sonhar com isso.