O mercado dividido.

Hoje, finalmente, o Banco Central, sob a gestão bolsonarista, irá reduzir os juros, que são os maiores do mundo, para um valor que ainda manterá o país na liderança do abuso contra o seu próprio povo.

As previsões, ou melhor, as “apostas”, estão em uma redução de 0,25% a 0,50% na taxa de juros.

Os argumentos para essa decisão do Bacen são interessantes, mas também preocupantes. Além de “apostar”, os analistas mencionam a possibilidade de que Campos Nero entregue apenas 0,25% de redução, para não alimentar o apetite por mais cortes. Parece que estão falando de nós, que sofremos com as maiores e desnecessárias taxas de juros do mundo.

Além disso, eles ignoram qualquer reflexão racional e ponderação baseada em números ou projeções, algo que seria esperado de analistas e técnicos de um Banco Central. Em vez disso, seguem com suas “apostas” e sugerem uma redução de 0,25% porque é a postura conservadora adotada pela atual direção do Banco, independentemente da realidade objetiva observada.

Eu “apostaria” em 0,50%, mas, considerando o contexto, não colocaria dinheiro nessa aposta. O regime atual no Banco Central é impermeável a previsões, seguindo cegamente a visão totalitária de seu líder, um bolsonarista determinado a sabotar o governo eleito.

Retomei o assunto porque é importante ressaltar o caráter farsesco das decisões do BC bolsonarista e seu líder, Campos Nero. Assim como o imperador incendiário de Roma, eles usam da retórica para inspirar delírios, fugindo completamente da realidade e contando com a conivência das vozes isentas do mercado. Enquanto isso, incendeiam as possibilidades de retomarmos os investimentos na economia real.

É um desastre que marca o início da queda, mas infelizmente, ocorre de forma lenta, lenta demais.


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