
Esse é o mantra de todo governo militar, e o governo anterior derrotado não foi diferente.
Consiste basicamente em esconder, omitir e distrair. No caso do governo anterior, o “distrair” atingiu contornos inéditos.
Desde o regime ditatorial iniciado em 1964, os militares não convivem bem com índices, principalmente quando eles são desfavoráveis. E como em suas administrações os números geralmente são desfavoráveis, escondê-los é a prática usual.
Perceba que o governador de São Paulo, o militar Tarcisio, mal começou e já está escondendo os números de sequestros em seu estado, o que certamente indica que ele não está gostando do que vê.
Se essa estratégia funcionou no passado, quando a censura na imprensa e contra adversários políticos complementava o trabalho de esconder informações, não é possível imaginar que manobras tão grotescas continuem a prosperar.
Hoje ficamos sabendo que o ex-presidente, que era nosso governante, escondeu e ignorou todas as advertências sobre a gravidade da pandemia, brincando com a vida de milhões de pessoas e provocando a morte de milhares, centenas de milhares. Nada é mais grave do que um governo matar seu próprio povo por ação ou omissão e, devemos sempre lembrar, apoiado por militares especialistas em mentir. O atual governador de São Paulo também está incluso, sendo ex-ministro do ex-presidente e militar, formando o combo da morte.
A grita de Márcio Pochmann no IBGE deve ser lida nesse contexto, pois a transparência não interessa à turma da mentira, e nossa mídia corporativa foi quem mais gritou, deixando o rabo de fora.
Liberal e fascista se assemelham muito.