
Me parece pouco destacada a evidente ligação entre as principais figuras do fascismo nas Américas.
No momento, até a dinâmica dos dissabores com investigações e decisões judiciais aproximam o destino dos dois ex-presidentes.
Enquanto o brasileiro já está inelegível por decisão do TSE, não passa um dia sem que noticiem novas investidas contra o ex-americano.
Dizem que o futuro dos processos nos EUA contra Trump não vai impedir a sua candidatura a presidente no próximo ano.
E, como não entendo nada de justiça, muito menos a americana, é impossível opinar.
Me reservo a observar as semelhanças entre eles, tanto nos métodos obscuros de condução das carreiras políticas quanto no exercício da administração na presidência.
E que ambos chegaram longe demais e foram rapidamente afastados.
Por aqui, o nosso ex-presidente terá um longo calvário a cumprir. A sentença de sua inelegibilidade tem o peso de uma âncora, e em algum momento seu grupo político deverá romper a amarra para seguir. Isso dependerá do sucesso do atual governo e de algum nome viável da direita para as disputas futuras. Em ambas as frentes, o prognóstico não é favorável ao fascismo.
Aguardemos a intricada dinâmica das decisões judiciais do norte. Se não entendemos bulhufas de leis, sabemos o quanto as elites prezam por seus interesses.
O que atrapalha, e vejo como um dos principais motivos da vitória anterior de Trump, é a guerra na Ucrânia. Trump é contra as guerras e esse seu discurso calou fundo numa sociedade cansada de tantas.
Biden segue feroz, cambaleante, mas feroz.
Pode estar aí a derrocada do democrata, se a justiça não segurar antes o republicano.
Eu vejo uma espécie de retroalimentação entre as decisões nos EUA e no Brasil sobre as duas figuras. Não vejo ninguém fazer esse paralelo, mas sigo pensando assim.
Veremos o que vai acontecer.
Se for verdadeira a minha avaliação, Trump não chega na próxima eleição.