
A imagem que ilustra este texto foi publicada na Revista Veja, em uma reportagem sobre o “Homem Calango”, que sobrevivia alimentando-se de uma pequena espécie de lagartixa.
Na verdade, a questão da fome em nosso país não é episódica; a sua ausência é que é exceção.
Foram poucos os períodos em que não convivemos com essa tragédia, e nas últimas décadas, os anos Lula/Dilma foram a exceção da vez.
O “Homem Calango” era contemporâneo do Plano Real, do FHC, do combate à inflação, enquanto o povo passava fome.
Posteriormente, aprendemos que podemos realizar várias ações simultaneamente; recuperar a economia e cuidar do povo não só é necessário e possível, como também permite que tudo aconteça de fato.
Novas pesquisas da FAO estão sendo divulgadas, referentes a 2022, e confirmam a fala do Presidente Lula de que o Brasil retornou ao mapa da fome, para nossa imensa tristeza.
Em 2010, fomos oficialmente declarados fora desse mapa da vergonha.
Porém, retornamos.
E os números são devastadores: 10 milhões na miséria absoluta, 22 milhões passando fome e 77 milhões na insegurança alimentar.
Isso significa que praticamente metade da população não sabe se terá o que comer no dia que se inicia para eles.
Uma tragédia injustificável, inaceitável e, pior de tudo, evitável.
Enquanto os derrotados agridem um Ministro do STF e sua família em aeroportos da Europa, inconformados com a mudança que permitirá estancar novamente a tribulação do nosso povo, trabalhamos para mudar o quadro de desespero presente.
Vamos fazer isso.
Os inconformados preferem a fome e a miséria, de onde obtêm recursos para viverem na abundância. Não querem aprender com os fatos: que todos podemos viver com segurança, paz e com a barriga cheia. Só conhecem a exploração da escravidão, o servilismo, a humilhação dos pobres. Preferem viver num mundo assim.
Pois estão perdendo novamente o rumo; as teorias de escassez serão vencidas. E não falo apenas por esperança, mas também por convicção e experiência.
Vamos chegar lá, novamente tirando nosso nome do mapa da vergonha.
Daí a importância insubstituível de programas de estoque de alimentos, bolsa família e promoções de políticas geradoras de empregos e renda.
Este é o mapa que mata a fome, para onde iremos e para nunca mais sair.