Acerto ou rendição?

Durante a semana, teremos um encontro – definitivo? – entre Lula e Lira, onde pretendem acertar a presença do Centrão no governo. O objetivo de um bloco político é conquistar o maior poder possível. O governo precisa de estabilidade para aprovar suas demandas no Congresso.

Vale lembrar que iniciamos o ano com um Congresso potencialmente hostil, conservador e dominado pela direita. Além disso, esse Congresso estava acostumado com um orçamento bilionário e secreto, e seu Presidente Lira seria, no regime anterior, uma espécie de Primeiro Ministro. Eles imaginavam essa situação como permanente, articulando mudanças na constituição para um semi-Presidencialismo, com a Câmara detendo o poder real.

No entanto, tudo isso mudou.

Mas não foi óbvio que isso aconteceria. Exigiu muito trabalho, planejamento e a extraordinária inteligência de alguém que todos sabemos quem é.

Mas a dinâmica do arranjo ainda está em discussão; é necessário estabilizar a convivência, de forma razoável e respeitando a decisão das urnas. E isso parece caminhar para acontecer.

Meirelles foi um gênio das finanças nas mãos de Lula, depois virou a ponte para o futuro com Temer. Haddad está nas graças do Mercado; antes, quando Prefeito de São Paulo, mal conseguia aprovar a implantação de ciclovias na cidade. O sucesso de ambos teve, em comum, a liderança de alguém que todos sabemos quem é.

Venha Centrão, venha ser parte disso, confiamos nos rumos do país e nas mudanças necessárias para alcançarmos tempos melhores.

Juntem-se aos bons.


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