
A esquerda Latina e Caribenha retoma os encontros do Foro de São Paulo, interrompidos pela Pandemia de Covid.
Desde 1990 promovem reuniões entre os povos Latinos, gradualmente passando de reflexões reativas, para defensivas e eventualmente ativas.
Não existe ali um conteúdo revolucionário, no sentido restrito do termo. Promovem discussões muitas vezes utópicas, fortalecendo a esperança muito mais que efetivando políticas gerais, estas sempre estão a reboque de realidades locais, distintas entre os países do Foro.
O que chama a atenção nesta rodada, que segue até domingo próximo, é uma aparente amadurecimento de posições. Os primeiros discursos públicos mostram uma disposição de confirmar escolhas, afirmar identidade e seguir na unidade necessária. Mas tudo direcionado para ações concretas, que vamos acompanhando, que indicam a influência, ao menos neste início, da fase pragmática do Presidente Lula. Neste terceiro mandato e na fase de vida atual, mostra certeza do que precisa fazer e não quer perder tempo em discussões menores.
Está fazendo como tem feito internamento no Brasil, indo direto aos pontos, exibindo orgulhoso trajetórias, apontando as diferenças e os caminhos.
O lema do evento é ” integração regional para avançar a soberania latino-americana e caribenha”.
Muitas vezes usado na propaganda da extrema direita, e até da direita cheirosa, como exemplo de movimento esquerdista revolucionário e comunista, a verdade é que o Foro muito pouco realizou nas últimas décadas. Seu período de glória durou alguns anos, quando convergiram várias lideranças de pensamento próximo, liderados pelo Brasil governado por Lula.
Ele esta de volta, chama novamente o Foro as falas, e acredito que teremos mais alguns bons anos a frente.
Volto ao assunto.