
Um personagem indesejado, antes um aríete do que um sujeito encarregado de uma tarefa, sobrevivendo entre frestas da civilidade e resgatado entre os piores para cumprir o pior.
Quando chega sua hora de um acerto de contas, não tem nada e quase ninguém para mostrar, toda lembrança é constrangimento, cada frase e cada gesto inapropriados.
A falsa fala histriônica, o recado de equívocos, a plateia com enquadramento fechado, a pressa, sempre uma aparição programada para parecer o que não é e a espontaneidade previamente planejada.
E tudo não serve mais.
Agora só um boneco de circo programado para atrair por seu ridículo e tentar sobreviver.
A decisão por seu afastamento ainda não foi concluída, antes segue célere para nossos padrões, sinal do efeito negativo de sua lembrança, a necessária e urgente página virada desde que tudo permaneça como estava.
Sem plateia, coral, música, padre ou pastor.
Um cortejo triste, mais que triste : melancólico e constrangido.
De onde nunca esperaram nada, nunca alimentaram expectativas, senão sugar o mais e mais rápido possível sabendo que ia durar pouco.
E agora esquecer o traste, para um novo ser gestado intrinsecamente igual mas de melhor modos e aparência.
Leite, Zema, Tarcisio, Braga Neto, alguns nomes.
Não por acaso juntos no desastre do início ao fim, na disputa do espólio. Isto sim valioso.
Para onde o preconceito, a raiva, burrice, ódio, rancor e violência encontrarão guarita?
O antipetismo?
É para onde vão, sempre.