
Amanhã aguardamos a leitura das mais de 400 páginas prometidas no voto do Ministro do TSE, encarregado de cassar os direitos políticos do genocida.
Quando um juiz anuncia que esta disposto a escrever mais de 400 páginas sobre você, sugiro deixar as barbas de molho. E é o esperado para o julgamento amanhã, que um rol de crimes, alguns hediondos, fiquem marcados nessas páginas para a história.
Quando penso nisto, não o faço de maneira vingativa, nem me vejo promotor de justiça, enxergo o fato naturalmente, amadurecido, consequente aos fatos.
Como um trem descarrilhado que volta aos trilhos.
Sem esquecer a tragédia que foi.
Surpresa foi a sua eleição, não esperava de forma alguma. Ainda tenho marcas ai, cicatrizes, um espanto não resolvido em conviver com compatriotas com escolhas deste naipe. Não nego, lamento e me entristeço.
Os parceiros do criminoso temem a recidiva de sua depressão, no que poderia apontar um traço humano do genocida, mas só vejo mais mentiras. Nada ali me comove.
Quando Lula inaugurou nas suas campanhas o “nós contra eles”, e depois repetiu cada vez menos nas subsequentes, mas repetiu. Nunca deixei de entender e apoiar o chamado, era esta a disputa, ainda é. E seus críticos usam o exemplo contido neste mote eleitoral, como um aspecto agressivo da maneira Lulista de ser. Não deixa de ser verdade, é um grito necessário, sintético, eficaz, mas agressivo, sim. Podemos até afirmar que em vista dos componentes usuais de campanha, onde vale praticamente de tudo, é uma agressividade totalmente aceitável, mínima, que delimita os campos fixando posições. Daí sua eficácia.
Enquanto os adversários prometem nos metralhar, e a esta altura estaríamos em maus lençóis fossem eles os vencedores.
Mas como perderam, e depende de nós a condução de parte da carga, não chego a propor armistício, desarmar os espíritos completamente, antes percebo a necessidade de enorme vigilância. E procuro acompanhar os fatos com confiança, mesmo quando meu senso crítico alerta que afastar o Bolsonaro abre a porta para a presença de um candidato antipetista e cheiroso.
Perceba, não tem problema a disputa em si, prezamos a democracia, o problema é que antes eles são anti, antipetistas, e depois não precisam ser a favor de nada. E vazios estão e vazios ficam.
Bom, teremos muito tempo pra falarmos sobre isto.
Agora é aguardar o desfecho da sorte do genocida, cassação no TSE é pouco, muitas outras condenações estão no forno.
Sem ódio, rancor, uma justiça consequente e célere.
É o necessário, que seja o suficiente.
Uma resposta para “Inimigo meu.”
Muita sensatez em suas palavras.
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