Tenebrosas Transações.

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É verdade que o celular do ajudante de ordens Cid é um maná de descobertas desconcertantes, que o ex-presidente e aquela gente esquisita do lado dele só pensavam loucuras – todos sabemos e sofremos com isso – mas entre isso e a revelação todos os dias de um novo plano golpista vai uma distância.

Praticamente o ajudante Cid só cuidava de depósitos e saques em espécie e de planejamento de golpes de estado.

Também é verdade que só apareceram manés nos vazamentos até o momento. Pode ser a estratégia de vazamentos tantas vezes repetidas, e daqui a pouco os nomes graúdos chegam.

Não que o próprio Cid seja um mané, apesar de agir como um. Apesar de nosso completo desconhecimento dos critérios internos na caserna na classificação de quem é um ou não é – critério claramente discutível. O fato é que Cid caminhava para o generalato, com distinção e pompa.

E, aparentemente, pretendia somar à sua carreira profissional um posto permanente de Ajudante de Ditador.

Vou logo dizendo que aquilo tudo lá era uma baboseira, não nego as intenções do grupo, suas ramificações etc, mas se alguma distinção há entre todos eles é que seriam uma trupe de pândegos de uma causa imaginária. Há quem diga que não passavam de marionetes do Alto Comando, esse sim agindo para perpetuar seus privilégios e posições relevantes na República.

Coisa que conseguem, diga-se, entra governo e sai governo.

Marionetes ou não, Cid e o próprio ex-presidente, todo o grupo palaciano e uns gatos pingados que ocupavam ministérios e cargos relevantes do governo anterior estão na planície e sujeitos a toda sorte de chuvas e trovoadas.

Faltam ainda os generais do Alto Comando para esse cenário do governo anterior ficar esclarecido. Tem CPMI, CPI, inquéritos em todos os níveis, acontecendo simultaneamente, e tem o celular do Cid.

Para quem imaginávamos um profissional de inteligência e segurança nacional, nosso Cid até agora tem se mostrado um trapalhão – golpista – mas trapalhão.

Será um plano, uma tática diversionista, uma cortina de fumaça para esconder os verdadeiros autores de toda a trama?

Difícil, não digo impossível, mas difícil, muito difícil.

Cid, no meu conceito, soma-se aos autores e planejadores do atentado no Riocentro que, ao tentarem explodir uma bomba no meio do público para acusarem a esquerda do atentado, acabaram por explodir o artefato no próprio corpo.

Esse me parece o Cid, um terrorista que carregava uma bomba que explodiu no seu colo.

E quem mandou?

Eis a questão, que serve para hoje e para o ontem ainda sem resposta.


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