
Aos poucos todos vamos sendo convencidos de que as perspectivas de crescimento da nossa economia estão fundamentadas.
E quando isso acontece parece fácil e que caiu do céu.
Nem uma coisa nem outra, depende inteiramente de decisões acertadas, equilibradas, abrangentes, adequadas, tempestivas e planejadas.
Tudo o que não acontecia na administração anterior, devidamente derrotada nas urnas por isso mesmo, falta de tudo.
O humor do mercado começa a voltar, o financiamento privado que estava travado aos poucos retorna, somando aos anunciados esforços do governo de fornecer o indispensável oxigênio do crédito para os negócios reiniciarem.
Não é secreto o caminho do sucesso, mas por conta de uma visão acumulativa e elitista da sociedade, essa visão de conservar a economia nas mãos de poucos, geralmente imposta a força, como quando derrubaram Dilma para mais uma vez impor ao pais esse modelo.
Perceba que no momento ainda estamos imersos nele, os números positivos divulgados do PIB revelam que nosso crescimento no ano foi inteiramente devido a agroindústria exportadora, praticamente de produtos primários como soja, milho, carne e pouco empregador e de pouca complexidade tecnológica, com consequente baixos salários envolvidos.
Mas eles fornecem o piso de que precisamos para saltar, mantendo a balança comercial favorável e a entrada de moedas estrangeiras indispensáveis.
E falta o resto, emprego de qualidade, bons salários, soluções de ocupação e renda para as massas urbanas, serviços que são os maiores responsáveis pelo nosso PIB, novos estímulos para estudos e pesquisas, turismo em suas novas e variadas modalidades e distribuição de renda.
O que já está em andamento, alguns analistas mais espertos enxergam no novo modelo tributário em discussão um novo bolsa família sendo gestado, quando estudam desonerar cesta básica ou até falando em devolver o dinheiro dos impostos desses produtos básicos no momento da compra.
Por ai vamos construindo o progresso, nós como um pais de grande maioria com renda muito baixa de um, dois até três salários mínimos, quando pactuamos boas políticas nessas faixas de renda promovemos a melhora geral e sabemos disso.
Nossa história esta cheia de exemplos contrários fracassados, de primeiro fazer o bolo crescer para depois distribuir.
O bolo até crescia, nunca o suficiente e sobretudo nunca era distribuído.
O sucesso do primeiro governo Lula se deve a isso, mudança do foco principal de investimento, cuidando da grande maioria e dando condições com financiamento e qualificação de mão de obra para os empresários aproveitarem livremente a base salarial crescente .
Naturalmente pretendem repetir o sucesso, com novas inciativas como âncora fiscal que pretende ajustar o orçamento pela receita e não somente pela despesa, agora a reforma tributária cuidando de distribuir renda enquanto promove justiça na sua aplicação.
Permanece a batalha nos juros, inflação, essa em queda, formação de base ajustada no Congresso, que me parece ser móvel e assim deve ficar por um tempo ainda, investimento em comércio internacional de qualidade, atração de novos negócios, participação do estado que estava totalmente inerte.
Essa a receita do sucesso e, saiba, quando achamos mais petróleo na tal fronteira equatoriana, bombando ainda mais nossa pauta de exportação, não estamos lidando com sorte, mas de resultados de trabalho de alguém que acredita, investe pesado, procura o progresso e o desenvolvimento coletivo e não somente de um pequeno grupo, e depois colhe bons resultados.
Falta muito, falta quase tudo até, mas quando voltamos para o caminho é preciso saber e entender o que estamos fazendo e pra onde vamos, e explicar o que está acontecendo.
Fazem 10 anos que jogamos tudo fora, por 20 centavos, por falta de discernimento e fragilidades em nossa informação dos acontecimentos.
Nunca mais.