Nosso Brasil, depois do primeiro mandato do presidente Lula, descolou-se da sua sina de dependência do dólar para realizar seu comércio internacional, acumulando reservas em moeda estrangeira em números inéditos na nossa história.

E agora planeja ainda mais, nem usar a moeda norte americana em todas as suas transações.

Infelizmente o vizinho Argentina amarga seguidas crises por conta dessa dependência, nos mostrando como uma crise cambial é coisa gravíssima e descontrola inteiramente a economia de um pais com a inflação alta.

E enquanto eles digladiam com a falta da moeda norte americana, por aqui enfrentamos um tipo de situação oposta, porque estamos a algumas semanas de nosso câmbio com os EUA chegar a R$4,5 por Dólar.

Essa tem sido a previsão majoritária, baseada em históricos e cálculos potenciais de superávits no comércio internacional, que costumam nem acertarem, mas que servem de referência.

A dobradinha Guedes/Campos Neto, apostou suas fichas na outra direção, reduzindo juros a números inferiores ao da inflação corrente, com a conhecida consequência de subida do Dólar, nessa dicotomia exata de nossa economia de muitos e muitos anos e que economistas fingem desconhecer, talvez pra vender solução e respostas aos desafios propostos.

Mas isso sempre foi assim, sobe o juros e cai a cotação do dólar, e vice versa.

Sempre foi assim durante os mirabolantes planos e objetivos de duplas tais quais Guedes/Campos, manipuladores do mercado que dizem livre enquanto promovem suas cotações ao bel prazer de seus interesses.

O fracasso não é por acaso, mesmo com juros baratos e o dólar nas alturas, não conseguiram atrair investimento externo e com o aumento da inflação ameaçando a reeleição do líder fascista, deram meia volta invertendo a orientação geral do projeto e colheram assim mesmo a derrota eleitoral e resultados pífios na economia.

Mas são águas passadas, agora o PIB começa a reagir, a inflação que nunca foi de demanda começa a ceder por conta da ação do governo sobre os preços administrados e falta ainda impor ao Banco Central e sua direção bolsonarista a redução imediata dos maiores e injustificados juros do mundo.

E em paralelo o dólar vai desvalorizando, aguardando e antecipando a queda dos juros, diferente dos processos liberais que obriga a movimentação sincronizada desses números em sentido opostos, como expliquei.

Esse câmbio a R$4,50 o dólar trará a inflação para níveis baixos, podendo até, se continuar a cair, prejudicar a receita dos exportadores, dos produtos industrializados produzidos aqui no Brasil, aumentar a importação de supérfluos, encarecer o investimento estrangeiro que quer chegar, coisas desse tipo que também conhecemos e são problemas, digamos, agradáveis de administrar.

Ah, renovem os passaportes.


Deixe um comentário