A inflação vai cair.

O discurso da autoridade financeira começa a mudar, de inflação de demanda para reformas estruturais, em ambos os casos o indicado pelo candidato derrotado para conduzir o BC, erra.

Erra porque a inflação anterior nunca foi de demanda, mas de oferta, num mundo desorganizado pelo COVID e depois a guerra na Ucrânia, cuja efetiva ação sobre os preços no mundo inteiro me é misterioso, pois parece muito mais especulação oportunística.

De qualquer maneira a resposta dos países desenvolvidos foi também no sentido de aumentar seus juros, talvez mais pela necessidade de segurar compra e venda de títulos na concorrência mundial estabelecida depois da chuva de dinheiro durante a COVID, sim todos atuaram contra a tendência geral de paralisia com muito dinheiro na praça, inclusive doado, como sabemos.

Isso desequilibrou o fluxo de financiamento dos próprios países, além de aumentar sobremaneira suas dívidas internas e externas, dificultando o refinanciamento e o fluxo normal de compra e venda de títulos de suas dividas , provocando uma corrida ao mercado atrás do dinheiro dos investidores.

Certo que a derrama de dinheiro provocaria alguma inflação, certo que a guerra encareceu os combustíveis, mas isso tudo não tem nada com demanda e aumentar juros nessas condições não resolve nada.

Aqui no Brasil o mesmo, o comandante da nau sem rumo do BC desandou a aumentar nossos juros internos ainda antes dos países atingidos pela alta dos preços dos combustíveis, e ainda usa esse argumento da alta generalizada em sua argumentação.

Exibe até um certo orgulho por ter saído na frente.

Agora estamos colocando os preços administrados nos seus devidos lugares, sem congelamentos e sem retirar impostos, fazendo os ajustes naturalmente, e a nossa inflação vai encontrando números menores e razoáveis porque nunca foi de demanda, aliás, essa esta reprimida e precisa de estimulo.

Percebendo isso o capataz do BC ajeita seu discurso e propõem para o futuro reformas estruturais, essas mesma que o chefe dele queria e com os resultados que estamos combatendo nesse exato instante.

A reforma que precisamos, a mais urgente de todas, é mandar esse sujeito de volta para a tesouraria do Santander, de onde nunca deveria ter saído. Estaria a essa altura, ajudando o Banco Espanhol a fechar agências para economia e atrás de melhores números na bolsa, que é só isso que eles sabem fazer, e mal, lembremos, porque errou na soma de entradas e saídas de dólares no pais no ano passado em bilhões, mais uma história dessas inacreditáveis e mal contadas.

O governo, em eterna paciência, deixa saber que secretamente estuda mudar a meta de inflação, novamente, e dessa vez parece falar a sério.

Tem faltado seriedade?

Talvez por parte do atual Presidente do BC sim, quando muda de argumentos e mantém as maiores taxas de juros do mundo inexplicávelmente.

Sobre BC me lembrei do Meirelles, na sua época de presidente do BC do governo Lula e foi considerado o melhor BC do mundo.

E os juros não eram baixos, embora viessem de patamares altíssimos da era FHC e sempre foram declinantes com Meirelles.

Mas minha lembrança não foi só essa, depois da derrubada da Dilma, Meirelles assumiu a condução da economia do governo Temer, sendo ele o autor desse Teto de Gastos horripilante e nunca cumprido.

Assim como a ponte para o futuro, que nos levou ao passado de fome e desemprego, e as metas de inflação que também ninguém cumpriu.

Ou, resumidamente, um desastre o Meirelles na economia.

Onde o segredo então do ex melhor banco central do mundo?

Na condução do país rumo ao crescimento econômico com distribuição de renda, inédito, porque sim já houve tempo em que o Brasil cresceu, mas acumulando em poucas mãos a riqueza, como estava repetindo agora com a sequência Meirelles e Guedes, então não são esses que bem conduzem a nossa economia.

Por isso cuidado Haddad, há perigo na esquina, que tudo que fizermos não repita os nossos pais.

Nós mesmos já fizemos melhor.

Façamos novamente.


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