
Os governadores de Minas Gerais e da São Paulo, Zema e Tarcisio, estão ambos cumprindo agenda nos EUA nessa semana, mas de conteúdos distintos.
Enquanto Zema procura a bolsa de valores e o capital financeiro, para vender as reservas de lítio do estado mineiro, entre outras ofertas inconfessáveis, o seu parceiro Tarcisio vai atrás da extrema direita americana, reunindo-se com o atual governador da Flórida Ron Desantis, virtual rival de Trump na vaga de candidato republicano a presidência por lá.
Essa movimentação de ambos buscam posições para o futuro jogo da sucessão de Lula, Zema no seu segundo mandato não teria nada a perder se concorrer, Tarcisio teria que fazer essa conta na hora de decidir, sobretudo se a idade do Lula não o impedir de tentar reeleição.
Zema procura se situar ao centro, ao menos nesse começo, e para isso acenar aos liberais vendendo patrimônio publico insubstituível é a senha para ingressar no clube.
Tarcisio procura as viúvas do bolsonarismo, mas o fato de escolher Desantis ao invés de Trump pode indicar um movimento de mais longo prazo e não para as próximas eleições presidenciais.
Ambos sinalizam distanciamento do governo do Lula, quase no limite da ruptura, o que não me parece uma boa ideia para ambos, tentar enfrentar os desafios logo no inicio dos mandatos sem contar com a ajuda do governo federal.
E ambos com problemas, Zema exatamente por essa pauta de devastação e mineração encontra resistências crescentes na justiça, e Tarcisio no seu relacionamento com os radicais deputados estaduais bolsonaristas que desconfiam da movimentação do herdeiro afoito.
Temos muito chão a frente até 2026, e primeiro devemos chegar lá melhores, ou bem melhores que estamos hoje, depois veremos.