Boric e o Chile profundo.

O jovem presidente Chileno Boric, coleciona uma sequência de derrotas que podem comprometer seu governo e no limite provocar retrocessos políticos importantes.

Após a vitória eleitoral de seu grupo político, nas esteiras das passeatas semelhantes as ocorridas no Brasil em 2013, a exemplo de várias outras partes do mundo, muitas ou todas elas crises plantadas por interesses ocultos, e que, por exemplo, podem estar ocorrendo atualmente na França.

Que por sinal começa a acolher algumas manifestação fascistas e nazistas abertamente e ressabiada e sabendo medir consequências, acabou de anunciar proibidas.

Mas o Chile colheu na direção supostamente oposta, se pensarmos em determinadas pautas consideradas modernas.

Que não pretendo discutir aqui, até porque concordo com a maioria, somente percebo a utilidade delas no sentido de promover divisões e crises muitas vezes plantadas, acabam provocando situações piores da que existiam antes dos protestos e seus motivos e bandeiras iniciarem.

Mas repito, no Chile foi o oposto, foi como, e me permita a provocação, foi como se o psol após 2013 ganhasse a eleição presidencial aqui e governasse.

O psol de 2013, porque o atual é diferente, parece ter aprendido com o resultado amargo da sequência de 2013 e os 20 centavos, que liderou nas ruas, e parece mais pragmático, porque para enfrentar a cláusula de barreira escolheu coligar para continuar existindo.

Boric, entretanto, venceu, e embalado por 85% de chilenos decididos por uma nova constituição, cansados dos arbitrios e anomalias da ainda em vigor constituição do ditador Pinochet, instalou a comissão da nova carta e a levou pronta para o plebiscito.

E levou uma lavada.

Nao saberia detalhes da nova constituição que foi rejeitada, aparentemente misturou alhos e bugalhos, criou um estado pluri alguma coisa e provocou resistências insuperáveis.

Tão grave a afronta que na nova escolha da comissão que vai escrever uma segunda tentativa de superação da velha herança autoritária, foi mais uma vez surpreendido pelo eleitor selecionando maioria de direita e, pior , de extrema direita.

O Chile corre o risco agora de uma nova constituição mais velha que a anterior.

E Boric parece aborrecido e desnorteado.

Penso que a população chilena mostra sinais contraditórios nessa questão, talvez assustados com as ideias mirabolantes de Boric e seus parceiros, atirou a esmo e acertou na direção contrária.

Prevejo mais uma constituição que deverá ser rejeitada na hora do futuro plebiscito de promulgação.

E tanto tempo perdido.

Que sirva de lição ao jovem Boric e seus camaradas, intentando um discurso neutro mostraram-se na verdade perdidos e sem discurso nenhum.


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