
Repare como todos os governos nacionais que passaram por essa crise da Covid, agora encarada como endêmica, estão perdendo eleições, inclusive no Brasil, e perdendo até em escolhas de constituintes como acaba de acontecer no Chile.
Até o eterno presidente Turco Erdogan periga nas eleições em seu pais nas próximas semanas. No caso do Erdogan estamos diante de uma espécie de prova dos nove da tese.
Diferente até do comportamento do eleitorado após a crise econômica de 2008, quando os efeitos negativos da quebra dos bancos nos EUA atingiram todo o mundo por anos, ainda hoje.
Talvez a pouca compreensão da natureza das crises provocou esse comportamento, quando preferiram desaprovar administrações e decisões da crise do Covid, e em muitos casos enfrentada com seriedade, diferente do que ocorreu no Brasil, crise essa de natureza imprevisível e inédita para nossa geração.
Parece existir uma necessidade inconsciente de virar a página.
Diferente da crise de 2008, quando a responsabilidade pelas pedaladas no mercado acionário americano e mundial tinham nome, endereço e já havia embolsado o lucro.
Com a conivência de seus respectivos governos e da mídia especializada, que não foram tão duramente cobrados.